terça-feira, 2 de agosto de 2016

Pinga Fogo

                                       

Marqueteiros soltos sob fiança


       Está livre da cadeia  o casal de marqueteiros petistas - João Santana e a mulher, Mônica Moura. Assim o determinou o Juiz Sérgio Moro, sob a fiança de R$ 31,5 milhões.
         O casal foi libertado pelo Juiz Sérgio Moro. A fiança - que é a maior já paga desde o início da Lava-Jato - foi determinada em acordo de delação premiada.
          Já foi revelado pelo casal ao Juiz Moro haver recebido no exterior dinheiro de caixa dois da campanha de 2010 da Presidente afastada.
           Embora O Globo assinale que Mônica Moura ri novamente, como fez ao ser presa, o sorriso agora está bastante mais amplo.


Paulo Bernardo e mais 19 denunciados pelo MPF


          Como se sabe Paulo Bernardo - ex-Ministro do Planejamento e também das Comunicações - ficou preso seis dias em junho, por suspeita de receber R$ 7,1 milhões em propinas da Consist, empresa de software beneficiada  durante sua gestão no Planejamento.
          A brevidade da prisão de Paulo Bernardo se deve a recurso impetrado junto ao Ministro (do STF) Dias Toffoli, que interveio fulminante em favor do petista (o ex-Ministro estava preso por determinação de juiz de 1ª instância, e a intervenção de Dias Toffoli levantou, pelo seu caráter inusitado, várias sobrancelhas jurídicas).
           Paulo Bernardo estava preso por suspeita de receber R$ 7,1 milhões em propina da Consist, empresa de software beneficiada durante sua gestão no Planejamento.  Como explicita O Globo, graças a acordo de cooperação com a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) e o Sindicato das Entidades Abertas de Previdência Privada (SINAPP) no Ano do Senhor de  2010 a dita Consist passou a atuar na administração de empréstimos consignados  na folha de pagamentos de servidores, e a destinar parte  de seu faturamento ao PT e a pessoas indicadas por esse partido que se notabilizou na defesa da classe trabalhadora.
               Nesse sentido, assim se expressaram os procuradores do Ministério Público Federal: "Paulo Bernardo participava diretamente da operação. Ele ocupou a pasta entre 2005 e 2011, e continuou a receber a sua parte (sic), mesmo como ministro das Comunicações, cargo que exerceu  entre 2012 e 2015,  E-mail apreendido no bojo das operações  mostra que ele era tratado por um dos integrantes do esquema como 'patrono' da organização".
                 A Consist era remunerada pelos bancos para informá-los dos limites e da margem  para empréstimo de dois milhões de servidores do Executivo Federal. Uma fatia dos lucros da empresa foi transferida  ao advogado Guilherme Gonçalves, de Curitiba, que teria usado parte dos recursos para bancar despesas pessoais de Paulo Bernardo e sua mulher, a Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).
                  Por ter foro privilegiado, Gleisi (que foi Chefe do Gabinete Civil de Dilma Rousseff, e é também conhecida como Coelhinha) só pode ser processada no STF. Nas próximas semanas a Polícia Federal deve apresentar relatório pedindo seu indiciamento por lavagem de dinheiro e por supostamente ser partícipe do delito de corrupção passiva atribuído ao Ministro Paulo Bernardo.
                   Segundo a investigação, a fatia inicial do ministro petista era de 9,6% do faturamento da Consist, percentual que depois caíu para 4,8%, em 2012, e para 2,9%, em 2014.
                    Consoante explicita o MPF "os recursos pagavam os honorários do advogado, despesas pessoais do então ministro e salários de ex-assessor e do motorista."
                    É interessante notar quão amplo era o interesse de apropriação de fundos (no caso, indébita) pelas autoridades petistas, que as fazia não dispensar muita atenção a um aspecto decerto delicado e penoso, que era o fato de ser o Consignado um meio de financiamento retirado da classe trabalhadora, justamente aqueles que menos recebem do Erário da União.
                     Mas chorando ou não lágrimas de crocodilo, as autoridades envolvidas - que são do Partido dos Trabalhadores - continuaram a servir-se do dinheiro retirado dos salários desses mal-remunerados trabalhadores. O princípio aí é que a quantidade deve suplementar a qualidade do numerário em tela...


( Fonte:  O  Globo ) 

Nenhum comentário: