segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Correio da Olimpíada (3)

                              

          Há duas notas principais sobre as realizações do Brasil nas Olimpíadas:
         
(  1 )  Com Rafaela Silva, o Brasil ganha no judô a primeira medalha de ouro.
 ( 2)   Com Felipe Wu, o Brasil ganhara ontem a primeira colocação no pódio (segundo lugar, no tiro esportivo, medalha de prata).
             Por outro lado, as possibilidades de medalha continuam boas com a equipe feminina de futebol (ontem, vitória maiúscula sobre a Suécia por 5x1.
             No vólei de praia, as mulheres estão igualmente avançando!
             Por sua vez, o futebol masculino que, por tanto tempo, fora para nós brasileiros, objeto de orgulho e satisfação, dá a impressão de que o trauma do 7x1 está difícil de superar.  Ontem, outro empate zero a zero, desta feita diante da fraca equipe do Iraque, mostra a crise por que passa a nossa seleção. No passado, assistir os jogos do scratch nacional era não só motivo de orgulho, mas de segura satisfação. E não falo só de Pelé e Garrincha - aquele o maior craque brasileiro e este, a alegria do Povo!
              O presente time não pode contentar-nos, pela falta de coordenação e daquele futebol que, no passado, tanto nos distinguira.
              De resto, não adianta levar as mãos à cabeça, como se os céus fossem culpados pelas seguidas falhas. Nesse mundo em que até craques como Neymar parecem ter perdido a alegria dos lances que os diferençavam dos joãos à sua volta, é sobremaneira irritante a repetição de tal gesto, que apenas nos relembra do buraco de que dá a impressão de estar o nosso alegre futebol de outrora.
              Por sua vez, note-se a satisfação e o prazer em acompanhar o futebol técnico e coordenado do time de Marta & Cia.  Hoje, esse time das meninas (a começar pela veterana Marta) é um prazer de assistir jogar, pelo seu domínio do futebol, pela habilidade técnica e a segurança na defesa!
               Além disso, ver o time feminino, bem coordenado, com boa orientação tática, alternando passes longos e curtos, semelha saído de outro país, se cotejado com a versão masculina, que, por vezes espanta pela inabilidade que nunca foi característica nossa. A esperança Gabriel perder aquele gol feito, quando apelou para o chutão, ao invés de tratar com carinho a bola e colocá-la no arco adversário - mais do que  desprazer, foi uma desilusão,  porque nada tinha de o que, no passado, grandes nos fizera!

               Além de voltar ao nosso feijão com arroz, o que está faltando nesta equipe masculina é técnico, além de talvez um bom psicólogo... Pois se lhes foge a tranquilidade, onde estará o domínio da bola e a possibilidade de nos relembrar de o que foi o alegre futebol brasileiro do passado?! 



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