quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Correio da Olimpíada (4)

                                   

        Uma caveira de burro talvez esteja atravessada na trilha de nosso futebol olímpico, a ponto de fazer-nos perder quase infantilmente a primeira colocação, como ocorreu no certamen de Londres, quando, por displicência, permitiu-se um gol nos vagidos do primeiro tempo contra o México, e com ele ficamos entalados para os anais de nossas trapalhadas no esporte bretão...
         Depois de dois zero a zero contra times mais fracos (como a África do Sul e o Iraque), a grita da mídia e do povão terá redespertado esse combinado reunido em torno de Neymar em fim de temporada.
         Diante da temível Dinamarca,  vários jogadores afinal desencantaram, inclusive Gabriel - aquele que perdera um gol incrível, acertando a trave a centímetros de distância, com o arco sem defensor à vista, na partida com a África do Sul.
         Neymar não fez gol, mas participou do jogo com a sua classe, que andava meio dormente.
         Agora o percurso olímpico só há de ficar mais difícil, mas em casa, contra a Colômbia (lembram-se do golpe desleal nas costas de Neymar?) é de esperar-se que logremos afinal avançar para arrancar a conquista que temos entalada na garganta.
         Quanto às meninas, o seu último empate parece ter sido mais para poupar titulares (como a capitã Marta). Vamos ver se o seu futebol alegre pode recompensar o público que as tem apoiado bastante, quando chegar a hora de conquistar o ouro.
         Com o mau tempo, o remo e a vela tem sofrido (esta menos).
         Continuamos com duas medalhas, uma de ouro (judô - Rafaela Silva) e outra de prata (Felipe Wu - tiro ao alvo)...

          É pouco, muito pouco, para um país que acolhe o festival olímpico.

( Fonte: Rede Globo )

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