domingo, 28 de agosto de 2016

Colcha de Retalhos D 36

                                  

Nelson Barbosa nega as pedaladas


          O que se poderia esperar da intervenção do ex-Ministro Nelson Barbosa? Dilma sempre o tratou com aquela suavidade impregnada do jeitão grosseiro que tantas amizades e boas lembranças terá deixado nos infelizes que, ou por necessidade, ou por fraqueza, suportavam em silêncio o seu tratamento.
            Houve até um ministro de pasta antes prestigiosa que ousara sugerir-lhe um pouco mais de atenção para os frequentes desrespeitos aos direitos humanos em país vizinho. Dispenso-me de relatar-lhe a  resposta pelo seu caráter impublicável.
            Citando o chavão de seu antecessor e protetor - nunca antes (isto ou aquilo foi feito) - me fico perguntando o que terá ouvido a gente da casa...


Impeachment: fatiamento das votações?

         Parece que essa idéia do fatiamento esteja  crescendo no Senado - a instâncias da defesa de Dilma Rousseff - e que o advogado da presidente afastada estude pedir tal procedimento de inspiração culinária para que se reparta as votações do julgamento do impeachment de modo que cada um dos crimes  de responsabilidade apontados seja analisado de forma individual pelos senadores, o que poderia levar a até quatro decisões.
          O advogado de Dilma, o indefectível José Eduardo Cardozo, explica que no tribunal do júri é assim. Obviamente, a intenção é conseguir a eventual absolvição - parcelar-se as acusações  pode levar a seu enfraquecimento.
           Argumentam que bastaria uma - das quatro - preencher o número requerido de condenações, para decretar-lhe o afastamento. Mas fatiamento não se deve esquecer que implica em enfraquecimento. Ou será que já se esqueceu o fatiamento dos processos da Lava-Jato, retirando alguns da Vara do Juiz Moro, e os transferindo para o Rio de Janeiro, como logrou fazer o encarregado da Lava-Jato no Supremo, i.e., o Ministro Teori Zavascki?


Problemas de Donald Trump

            Diante da frieza e do cuidado da candidata democrata Hillary Clinton, o seu adversário foi forçado recentemente a fazer nova reestruturação no seu escritório político-eleitoral. A descoordenação na campanha se reflete nas frequentes mudanças dos respectivos diretores, o que não dá a Trump boa imagem e inquieta também os demais candidatos do GOP, que vêem no malogro de sua candidatura muitos reflexos negativos nos diversos níveis de postulação política.
             Por outro lado, estão sendo levantados procedimentos contrários ao engajamento nas firmas Trump de afro-americanos, procedimentos tais que datam do tempo em que o conglomerado estava sob a responsabildade do pai do candidato.
              Uma das forças de Donald Trump está no apoio que recebe da classe operária americana - os chamados pescoços vermelhos - a que preocupa a crescente internacionalização de grandes e tradicionais empresas americanas, internacionalização esta que redunda na perda de emprego pela mão de obra que apóia Trump.
               Todo candidato deve encarar com agrado a sustentação que recebe de faixas demográficas. O problema para o porta-estandarte republicano se acha na circunstância de que tal apoio implica na possibilidade da perda dos sufrágios de outras correntes demográficas. E é aí que está o problema...



( Fontes:  O Globo; The New York Times )

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