quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Nota para o Prefeito Eduardo Paes

Ontem, senhor Prefeito, ouvi as palavras do Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que se dirigiu ao público telespectador para alertar sobre a necessidade do combater aos focos de infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Na sua campanha para conscientizar a população, apontou para a possibilidade de criação de focos nos usuais sítios, como em pneus, garrafas. poças e caixas d’água, vasos de plantas etc. A tal propósito, me chamou a atenção a circunstância de que até uma simples casca de ovo pudesse ensejar depósito de água suficiente para a criação das larvas do vetor da dengue.
Ao escutar a observação do Ministro da Saúde, não pude deixar de recordar-me que existe na Praça General Osório um local muito mais propício para os focos de infestação desse mosquito responsável por epidemias no Rio de Janeiro, com tão pesada carga de sofrimento e morte para os cariocas.
Estranhou-me que o Chafariz das Saracuras, obra atribuída a Mestre Valentim, que atualmente adorna o centro da Praça, com o seu lençol d’água circular possa vir a constituir, pela desídia dos eventuais funcionários encarregados, um provável criadouro de focos de infestação do Aedes aegypti.
Com efeito, a água está geralmente parada. Coberto de folhas de árvore e de detritos, o lençol existente no espelho d’água parece ideal para que a fêmea do mosquito aí deposite seus ovos.
Na verdade, é raro que saia alguma água limpa do cano que alimenta esse espaço destinado em outros tempos a formar laguinho decorativo ou espelho d’água. Ficando parada e mesmo estagnada a maior parte do tempo, semelha o caso de perguntar-se qual a serventia desse ‘espelho’ senão a de servir de transmissor da dengue para o bairro de Ipanema.
Diante do presente abandono que é a situação habitual da água acumulada em torno do chafariz das Saracuras, afigura-se de toda relevância que o senhor tome urgentes providências para que a praça General Osório não se transforme em gigantesco criadouro do Aedes Aegypti. De qualquer modo, não seria surpresa que vistoria aí já não descobrisse a incidência de diversos focos.

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