O Presidente Barack Obama censurou o pré-candidato republicano Donald
Trump pela sua perigosa atitude mental, no que tange ao massacre da
boîte Gay de Orlando.
Segundo Obama, a postura de Trump
ressuscita um dos periodos mais sombrios na História americana. "Ouvimos linguagem que singulariza os
imigrantes e insinua que inteiras comunidades religiosas são cúmplices na
violência".
A declaração de Obama se seguiu a uma
reunião com a sua equipe de segurança
nacional e qual é presente situação do
esforço estadunidense contra o Estado Islâmico. Segundo o presidente, tal se
insere na avaliação do drama de Orlando.
Aonde
isso vai parar? é a pergunta de Obama sobre o approach de Trump (proibir a entrada de muçulmanos nos EUA). Com
efeito, tanto o atacante de Orlando,
quanto os perpetradores de ataques terroristas anteriores (San Bernardino, na Califórnia e Fort
Hood, no Texas ) eram cidadãos americanos.
'Será que devemos tratar todos os
americanos de fé muçulmana de modo diferente? Vamos começar a submetê-los a vigilância
especial? Será que autoridades republicanas realmente concordam com isto?'
'Se alguém pensa que estamos confusos
acerca de quem são os nossos inimigos, isto será surpresa para os milhares de
terroristas que tiramos do campo de batalha. "Não há nenhuma mágica
especial na expressão "Islã Radical". É apenas um talking point, não é uma estratégia.'
O Presidente Obama não os chama dessa
forma, porque não quer cair na armadilha de que esteja em guerra contra uma religião
inteira. Se agisse dessa forma, estaria fazendo o que eles querem.
Na terça-feira, ele pediu que o
Congresso restrinja a compra de armas, a que até hoje os congressistas
resistem, i.e. reeditar a proibição a armas de assalto, e medida que impediria
a compra de armas para quem se ache em listas de proibição de vôo (no-fly lists), por causa de suspeitos
laços terroristas.
"Não basta falar sobre ser duro
com o terrorismo. Seja durão realmente e pare de tornar tão fácil quanto
possível a compra de armas de assalto."
A linguagem de Trump, de tipo fascistóide, aparentemente simplifica o
quadro para o americano comum, ao singularizar comunidades étnicas inteiras,
como objeto de punição. Como ela se dirige para o povão americano, e trata de
valer-se dos respectivos preconceitos, combatê-la com maneira mais intelectualizada, na prática só
pregará para os já convertidos. Nesses termos, o discurso para rebater as
propostas de Trump não pode ficar pairando nas nuvens do intelectualismo, e sim
empregar linguagem que o homem branco classe C possa apreender e compreender.
( Fonte: The New York Times )
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