Ao
ver as fotos alinhadas dos quinze senadores 'indecisos', no que tange à
respectiva posição sobre o afastamento definitivo ou não da presidente Dilma
V. Rousseff, fotos essas publicadas pela Folha de S. Paulo, na sua edição de 2ª Feira, 20 de junho corrente,
dificilmente o eleitor consciente , excluída uma ou talvez duas hipóteses , não
sentirá aperto de coração acerca das perspectivas abertas para o Brasil.
São quinze senadores indecisos, a favor neste momento
haveria 37, e contra existem dezoito.
Nesses termos, faltam dezessete (37 mais
17) para completar o número mínimo necessário para o seu afastamento definitivo
(54). Assinale-se que para o afastamento temporário, cinquenta e cinco dos senadores votaram a favor.
Mais se pense e mais se tem certeza de
que é um erro - e convite ao mais despudorado exercício de extorsão
política - dividir em dois turnos a
votação do impeachment.
Essa desfaçatez no mercadejar do voto,
chega talvez ao máximo no comportamento do Senador Hélio José (PMDB-DF),
conhecido em Brasília como Hélio
Gambiarra, que pediu a Temer 34 cargos, entre eles as
presidências do BB DTVM, dos Correios, do FNDE e de Itaipu. E não é só isso:
esse senador também quer ser o líder do governo no Congresso e relatar as
medidas provisórias sobre infraestrutura.
No Planalto, os pleitos do Sr. Gambiarra causaram irritação. A respeito desse senhor, um dirigente
partidário disse: "Se Hélio ficar contra o impeachment, ele morre no dia seguinte no PMDB".
Por outro lado, há mudanças e certas
posições que se definiram. Os petistas
já desistiram de Romário que alegadamente votará pelo impeachment. Por sua vez,
Marcello Crivella (PRB-RJ) vai licenciar-se
(disputa mais uma vez a prefeitura do
Rio), mas controla o voto do suplente Eduardo Lopes. Por outro lado, Eduardo Amorim (PSDC),
Vicentinho e Wilder Moraes passaram a declarar voto pró-deposição.
Por fim, Pedro Chaves (PSC-MS) :
"Ainda estou analisando e não quero me precipitar."
Como já adiantei em blog anterior, a única maneira de cortar
esse mercadejar (ou pelo menos dificultá-lo) será proceder à votação em único turno (como é, de resto, o procedimento adotado nos Estados Unidos da América). Transformar o processo em dois turnos é favorecer o que aí se depara, com o
governo interino refém dos Senadores.
( Fonte: Folha de S. Paulo )
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