Os últimos percentuais da campanha
presidencial americana indicam 45% para Hillary e 39% para Trump.
Terminadas as primárias, os dois
candidatos se preparam para as respectivas Convenções, a de Filadelfia,
relativa aos democratas, e Cleveland, que concerne aos republicanos.
Como tem sido a característica geral,
as convenções já têm os respectivos candidatos escolhidos. Ambos os partidos
ainda não escolheram os vices, e por enquanto é apenas um jogo de adivinhação.
Hillary está passando em revista os
possíveis vices. É um trabalho que tem envolvido boa parte de seu staff. Se
podemos resumir a prescrição da candidata democrata, o seu segundo (as mulheres
estão excluídas por óbvias razões) terá de somar com a cabeça de chapa, ser de
preferência relativamente jovem, e proveniente de estado que possa ser útil
para a votação global de Hillary. Além de ser simpático e integrado, carece de
ser um bom subchefe na chapa
democrata.
Enquanto a campanha de Hillary procura
ser um relógio, afastado aparentemente o principal incômodo, resta outra função de importância na próxima Convenção. Trata-se de neutralizar - enquanto tal seja possível - Bernie Sanders. Vale dizer, encontrar um nicho para Bernie
Sanders, de modo a integrá-lo no esforço dos democratas. Tudo isso, é lógico, na medida da possibilidade que uma personalidade como o independente Senador por Vermont
seja suscetível de adaptar-se a uma
posição ajustada na equipe democrata ora vencedora.
Não pode haver maior contraste entre os times
de Hillary Clinton e de Donald Trump.
Enquanto aquele se assinala pela ordem e a não-improvisação, o do republicano,
conforme as próprias características sui
generis, é quase o oposto.
Agora, a imprensa revela que os fundos de campanha de
Trump estão muito baixos - neste junho possuía
em dinheiro US $ 1.3 milhão, que como assinala o New York Times é montante que pareceria mais próprio para uma candidatura
a deputado na Casa de Representantes...
Já Hillary levantou US$ 28 milhões
em maio, e teria hoje cerca de US$ 41 milhões. A equipe do republicano tem
setenta pessoas, e a de Hillary, cerca de setecentas...
Também os orçamentos nas campanhas de
anúncios para a televisão põem a nu esta enorme disparidade em termos de
dinheiro.
Em blog anterior, se havia notado, como se fora falha na administração da campanha de Trump, que os ataques de
Hillary pela tevê (verberando o temperamento do candidato do GOP, as suas
declarações absurdas e o seu incrível deboche e zombaria contra reporter com
defeitos físicos) tenham ficado sem resposta. Agora se verifica que Trump não tinha outra saída, senão não reagir aos anúncios agressivos de sua rival. Pois, faltava-lhe a erva necessária para responder às críticas da direta rival...
Para somar-se a esta situação
caótica, Trump demitiu recentemente o
seu chefe de campanha, Corey Lewandowski. Este tinha procurado tornar qualidade
uma situação de carência. Temos de ser mais eficazes, mais eficientes, por
sermos mais magros, dizia.
Forçado pela situação, Donald Trump
depende mais em termos de fundos do Comitê Nacional Republicano. Por isso,os republicanos acreditam poder compensar
a partida tardia de Trump em termos de fundos de campanha.
Por enquanto, contudo, são os
democratas que estão liderando na coleta de dinheiro para a campanha. E o próprio
Trump se encarrega de confundir as bolas. Na campanha, ele se mostra disposto a pagar
do próprio bolso as despesas, o que absolutamente não facilita o trabalho de
seus auxiliares, que vão bater à porta de ricos republicanos, para pedirem
cheques de seis dígitos.
Depois de ouvir que o candidato
Trump vai pagar do próprio bolso, é difícil para esses ricaços entenderem o
porquê de os ajudantes de Donald virem pedir-lhes polpudas contribuições...
( Fonte: The New York Times )
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