quinta-feira, 29 de junho de 2017

Confusões entre aliados ?

                              

        Apesar da relação recomposta - como Trump é agora o presidente, e muy amigo de Putin, Rússia e Estados Unidos seriam formalmente aliados contra o Estado Islâmico - a confusão de um bombardeio na Síria, causando trinta morte entre cívis, e a suspeita de que o ataque químico anterior iria repetir-se, tudo isso junto e misturado não pode dar em boa coisa.
        De um lado, os elogios à sabedoria de Donald Trump, que teria identificado a possibilidade de reedição de novo ataque químico pela Síria, e ameaçado Damasco de retaliação se tal se repetisse. Como passou um dia e nada ocorreu, o coro dos próximos do presidente, dentro do clima existente de louvações a Trump - a quem caberiam os louros de evitar mais uma desgraça química  - não contribuíu decerto para que Moscou ficasse satisfeita.
        Por outro lado, é forçoso reconhecer que a tal "aliança" entre a Federação Russa, de um lado,  e os Estados Unidos, de outro, com vários países que contribuem com suas forças aéreas, tudo isso, como inexiste um comando único, "esta aliança" pode ser responsável por muita confusão, dada a inexistência de Estado Maior que coordene as diversas missões.
          Além disso, não é de hoje que Bashar al-Assad virou vassalo de Putin, e nesse sentido já cedeu mais de uma base aos navios e as aeronaves da Rússia.
           Assim, a campanha contra o Estado Islâmico, mal organizada, tem o potencial de provocar fricções entre esses aliados ocasionais...


( Fonte: Folha de S. Paulo )  

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