Longe do público, os congressistas
republicanos se reuniram em Filadelfia para discutir sobre os planos de
desmontar o Obamacare.
Através de gravações que foram
obtidas pelo New York Times, se vê
que a atitude das bancadas de congressistas republicanos em privado é muito
diversa de seus discursos públicos.
Estes destilam ódio e menosprezo ao
referido Obamacare - votado por Congresso
de maioria democrata, sem colher um só voto do GOP - a que hoje a maioria republicana procura desfazer de toda
maneira.
No entanto, não fora a derrota inesperada de
Hillary, e a maioria no Senado, este problema não existiria, eis que a Reforma
da Saúde promulgada por Barack Obama como Lei do Tratamento Médico Sustentável
vai muito bem, obrigado.
Há mais de vinte milhões de
americanos de baixa renda que dispõe do guarda-chuva da Assistência Médica dessa
nova Lei.
Movidos pelo ressentimento, os republicanos, sem saber bem porquê, odeiam a
Lei da Reforma Sanitária, talvez por ser de autoria democrata e implantada
pelo Presidente Obama. Essa oposição é postura quase animal, como se o
bando político nos dias correntes deva rejeitar o que não for iniciativa dele.
Por isso, não surpreende nem um
pouco que, em particular, os representantes republicanos manifestem a própria inquietude e até mesmo medo, com a reação do Povo americano, ao ver-se
despojado do popular ACA, e ter de voltar aos velhos tempos de pagar caro por qualquer
tratamento mais sério de ordem clínica.
A gravação da reunião de Filadelfia,
obtida à sorrelfa, mostra a inquietude, sobretudo dos back-benchers (políticos de menor expressão), que se perguntam como
vão poder explicar para o povão por que Trump veio tirar-lhes a cobertura
médica barata, que é dada pelo dito Obamacare.
Como as assertivas dos figurões do GOP de que tudo se resolverá, e que a
nova maioria logrará montar um
substitutivo aceitável para a reforma médica de Obama, não podem convencer a raia
miúda do Partido Republicano, eles temem ser atingidos politicamente pela
previsível reação do povão, em outras palavras, perderem as cadeiras no Congresso
pela irresponsabilidade de desmontar um esquema - que está funcionando -
essencialmente por nada.
( Fonte: The New York Times )
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