A falsa
acusação de que Hillary ganhou no voto popular pela votação de imigrantes
ilegais é puro Trump, tão incrível quanto uma nota de três dólares, e como tal
deve ser tratada.
Trump não pode admitir haver perdido
na votação do Povo americano para a sua rival, e por isso, com a costumeira
cara de pau, formula a acusação sem base. Ele a tratará, no entanto, como se
fosse mais um truque daquela mulher, que desejou trancafiar na cadeia.
Por outro lado, a saída forçada dos
Estados Unidos do mega-acordo ideado por Barack Obama poderá ter mais
resultados negativos que o voluntarioso Donald Trump sequer imagina. Ao retirar
os Estados Unidos das negociações para a Parceria Transpacífica, segundo os
analistas quem deverá ser beneficiada será a China, tanto no comércio global,
quanto facilitar investimentos e
exportações chinesas na América Latina.
Na sua versão truculenta do comércio
internacional, seria como regredir aos tempos do mercantilismo para tentar
afirmar as exportações americanas.
Ideando um ressurgimento das
indústrias nos Estados Unidos, Trump pensa que pelo protecionismo Tio Sam
logrará impor a própria visão retrô, assim como ressuscitar as muitas antigas
indústrias que hoje formam o chamado cinturão da ferrugem (rust belt).
Na velha teoria de Toynbee sobre o challenge and response (desafio e
resposta) seria como querer pelejar com bestas, lanças, espadas e congêneres
contra as sofisticadas armas do comércio do terceiro milênio.
Com toda a força bruta da visão
protecionista e exclusivista do comércio do passado, é condenar-se por antecipação à irrelevância e ao consequente fracasso...
Dessarte, como todas as bazófias, não tardará
muito em que a realidade a disperse pelos ares, como as magníficas e corajosas investidas
dos esquadrões de cavalaria ligeira contra as metralhadoras da modernidade.
( Fonte: O Globo , Arnold Toynbee)
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