A Folha
publica matéria assinada por Mario Cesar de Carvalho. Segundo ele resta o
enigma colocado pela delação de 77 executivos da Odebrecht, diante do
desaparecimento de Teori Zavascki.
Do nome a ser indicado pela Presidente Carmen Lúcia depende a
evolução da questão deixada em aberto pela morte de Teori Zavascki. A OAB
sugere sorteio, o que seria inaceitável para quem quer uma continuação na linha
de Teori. Como deixar ao acaso que assumam nomes sem credibilidade para a
investigação? No artigo de Mario Cesar Carvalho se diz:
"talvez seja impossível que o novo ministro venha a interferir num
trabalho que durou nove meses, como é o caso da delação da Odebrecht. Mas o
risco de que um ministro que não seja imparcial como Teori imprima um novo
ritmo às investigações dos políticos, com o resultado de sempre: a ação
prescreve e o política escapa ileso. Seria o pior fim que a Lava Jato poderia
ter: punir os empreiteiros e deixar os
políticos, que mandavam no jogo, escapar."
As investigações, conforme o articulista,
"atingem um espectro político que
vai de Temer ao ex-presidente Lula, passando por um grande arco que inclui o
ministro das Relações Exteriores, José Serra, o governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin - todos dizem ser inocentes ou que só receberam recursos de
caixa dois."
Agora tudo dependerá da escolha
da Presidente Carmen Lúcia. Dos
Ministros do Supremo, existe a possibilidade de que um bom nome, como Celso
de Mello, que já é o revisor do caso, vire relator.
( Fonte: Folha de S. Paulo )
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