Se há escândalo em termos de desrespeito
às regras democráticas na América do Sul, é o da atual ditadura venezuelana,
que além de violenta e incompetente, é um desgoverno afundado na corrupção. Pela
sequência de atos contrários ao regime democrático, o presidente Nicolas
Maduro, na verdade não passa de tirano que sistematicamente desrespeita espírito e letra
da Democracia.
Em todos os seus atos, a democracia
será apenas disfarce para tentar encobrir as agressões e a violência que o chavismo
lhe inflige diuturnamente. Na campanha pelo referendum de que o eleitorado
venezuelano está constitucionalmente autorizado a valer-se, se as atas forem
depositadas junto à autoridade competente, esse referendum - a que Hugo Chávez
se submeteu e venceu - foi dolosamente evitado e postergado n
vezes pelo sucessor Maduro, que tudo fez para que o prazo vencesse e
ele, o rejeitado-mor da República, não
tivesse que passar pelas forcas caudinas da soberania popular.
Por outro lado, várias normas
constitucionais tem sido desrespeitadas e mesmo pisoteadas, com o duvidoso
apoio de Suprema Corte lotada por militantes chavistas, que se prestam, com o gozo e cinismo que lhes é proprio, a todas as
afrontas do regime à Constituição.
Além disso, através de forças
irregulares os opositores têm sido presos por qualquer pretexto, máxime no caso
de que passeatas e demonstrações venham
a ser associadas à oposição.
O regime chavista, expulso do Mercosul,
se arrasta na diplomacia sul-americana como hierarquia destituída de apoio
popular, e que apenas se mantém por força da intimidação e da intervenção de
formações que ao invés de defenderem a justiça, apenas cuidam de apoiar a
liderança chavista, que não recua diante de todas as possibilidades de
intimidação das manifestações populares contra o desgoverno chavista. Tal
desgoverno que criou a anarquia do desabastecimento e da hiperinflação, viceja
na repressão dos líderes oposicionistas e da própria Assembleia, a que o
Governo Maduro intenta barrar de toda forma a respectiva vis e o mandato de cuidar
pelo respeito das leis e da ordem.
A
democracia, como regime do povo, pelo povo e para o povo, desapareceu da
Venezuela. Lá se vê arremedo de ditadura, que barra todas as iniciativas em
prol da Justiça e do respeito às normas democráticas, com os respectivos
lideres presos na sua maioria (de preferência junto a criminosos comuns). A tal
ponto vai a arrogância dessa tirania, sendo tantos aqueles democratas que estão
trancafiados em enxovias da ditadura, que estar fora delas pode até ser visto
como sinal de conivência com as práticas da ditadura chavista.
É mais do que tempo de jogar ao
chão tal regime corrupto e ilegal, culpado não só por continuado desrespeito à
Constituição, mas também pela enorme incompetência, que jogou o Povo
venezuelano nas vascas do desabastecimento, dos fora da lei, e da
hiperinflação, com conjugação de padecimentos que, em outras terras, já lhe
teria determinado e desde muito o próprio inglório fim.
( Fonte subsidiária: Venezuela
(IPRI/FUNAG) )
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