segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Ainda o gol de braço

                              

        A "vitória" do Corinthians sobre o Vasco da Gama, na Arena Corinthians (Itaquerão), com um gol de braço do atacante Jô, validado  vergonhosamente pelo árbitro Elmo Alves Resende Cunha (de Goiás), mostra não só os padrões éticos do futebol como é jogado no Brasil, mas também rasga e abertamente o cinismo do atacante do Corinthians, que ri satisfeito com o fato de a arbitragem haver validado o tal "gol". Não sei se a enésima e calamitosa gestão do Sr. Eurico Miranda fará algo, mas é mais do que tempo de tomar atitude e não agachar-se uma vez mais diante da "sorte" do Corinthians.
          Não é muito popular a relembrança, mas outra calamitosa presidência do CRVG, a de Roberto 'dito Dinamite', terá encontrado contra os estranhos apoios e mais estranhos ainda eventos favoráveis ao Corinthians naquele campeonato anterior em que o Vasto foi roubando por uma aliança de poderes inconfessáveis, para tornar possível que a sua liderança em pontos fosse 'comida' por uma série pontual de enganos de arbitragem. Somente a estranha pasmaceira do dito presidente 'Dinamite' permitiria que o Corinthians com a ajuda pontual dos órgãos competentes - todos eles sediados na Paulicéia - fosse comendo a vantagem em pontos do CRVG no campeonato brasileiro. 
           E qual foi a resposta desse Senhor dito Dinamite? Organizar uma espécie de exposição em que se aludia aos diversos lances em que  a liderança do campeonato brasileiro foi roubada ao Vasco e depositada... no colo do Corinthians.  E não é que este senhor, ao invés de agir com a oportunidade e a energia que a dita conspiração pró-Corinthians havia aprontado, e assim criar condições para que fosse premiado quem realmente era o melhor time daquele campeonato, achou "mais elegante" montar essa patética exposição em São Januário sobre o suposto "campeão moral". 
            Não ouso querer determinar qual foi a razão principal para que o então presidente do CRVG, Roberto Dinamite, pensasse que seria "mais elegante" montar a tal exposição, ao invés de protestar pelos meios cabíveis e ao  seu tempo devido, fazendo valer os mecanismos legais para que fosse salvaguardado um lídimo direito, conquistado no campo e não em mutretas de federação, quanto a quem era o legítimo campeão brasileiro daquele ano.
             Com paredros como esses - e o que tem feito o Sr. Eurico Miranda o recomenda também para um imediato afastamento - não há assunto que ajude.
              Gostaria de saber o que será feito para protestar contra mais esse esbulho. É um verdadeiro escárnio que tragam um juiz de Goiás para validar esse gol de Jô. Mas muito me surpreenderia que esse acinte seja corrigido. A revolta do goleiro Martin Silva - que é titular da Seleção Uruguaia - é compreensível. E aquela velha pergunta - sempre irrespondida - que país é esse que acintes e vergonhas como essas passam por gols legítimos. Como disse, no Congresso dos Estados Unidos, o procurador militar Joseph Welch, diante de um dos últimos ultrajes cometidos pelo demagogo Joe McCarthy:"será o que o senhor não tem nenhum sentido da decência?"
                  Mal sabia o demagogo que a sua hora soava naquele momento. O reino das mentiras de Joseph McCarthy terminaria naquela audiência, diante da serena coragem de um então desconhecido auditor.
                   E quando a fraqueza de dirigentes como Eurico Miranda - que tem sido verdadeira calamidade para o Vasco da Gama - poderá sair, para que tal palhaçada e deslavada roubalheira continuem a ser aceitas, acintosamente permanecendo, como se as regras mais comezinhas não valessem para o Corinthians?  Será que não há Justiça desportiva nesta terra?



( Fontes:  O  Estado de S. Paulo; audiências do Congresso americano )

Nenhum comentário: