sábado, 25 de março de 2017

Espetáculo constrangedor

                              

        Lula, que completa setenta anos, é um homem mudado e marcado. É hoje personagem meio-patético, que iniciou o próprio discurso no evento do PT "para discutir os efeitos da operação contra a corrupção no país." Como assinala Ricardo Noblat, "o seminário organizado pelo PT sobre a Lava-Jato pecou pelo próprio nome". Passou a idéia de que examinaria virtudes e defeitos da operação.
        Ledo engano. Foi apenas seminário para condenar a Lava-Jato.

         Chorando, Lula voltou a reclamar de sua condução coercitiva em março de 2016. Reclamou da atuação dos investigadores, chamou o procurador Deltan Dallagnol de "moleque" e defendeu  a aprovação da lei que endurece penas para o abuso de autoridade (esse projeto de lei é defendido por Renan Calheiros e aves da mesma plumagem).

          No mesmo tom queixoso, contou que não deveria estar ali porque pegou uma virose, mas disse ter ido ao evento porque "queria prestar contas" aos presentes.
           E engatou, em seguida, essa primeira: "Nem o Moro, nem o Dallagnol, nem o delegado da Polícia Federal tem a lisura, a ética e a honestidade (sic) que eu tenho nestes 70 anos de vida."

            Apesar de seus veementes protestos de honestidade, Lula começou a falar chorando para se queixar de perseguição. No entanto, como assinala artigo de Ricardo Noblat a "menos de 24 horas depois da revelação de delatores da Odebrecht que deixaram em xeque a honestidade dele e de Dilma, Lula não disse uma só palavra a respeito."  Ao contrário ele "repetiu o de sempre. A desconexão do PT da realidade é espantosa."



( Fontes:  O Globo, Ricardo Noblat )  

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