sábado, 22 de outubro de 2016

Combate às Sombras?

                       

         A manchete da Folha esclarece de que sombras se trata: "PF prende chefe da polícia do Senado e mais três agentes"

        Renan Calheiros, apesar do número de inquéritos sobre ele no Supremo, continua a desempenhar um papel pró-ativo em relação à política, tanto a grande quanto a pequena.
          Nesse contexto, continua a circular um projeto legislativo que se propõe coibir alegados abusos de autoridade.  Entre os seus fautores, estão o Senador Romero Jucá (que teve de renunciar ao ministério do Planejamento, por problemas na Justiça e o próprio Renan Calheiros, presidente do Senado).
  
        Esse estranho projeto já colheu a manifestação negativa do Juiz Sérgio Moro. De qualquer forma, a tentativa do Senador Renan, que conta, entre outros, com  o apoio do também Senador Romero Jucá, mostra mais do que a disposição, a audácia de um grupo que deseja barrar o caminho da Lava-Jato.
           Apesar dos baldes de água fria de quem vem sendo objeto, tal projeto continua a ser apresentado pelo  núcleo que coalesce em torno do Presidente do Senado, movido pelo escopo de fazer frente ao projeto da Lava-Jato. Em termos de audácia, já se viram projetos menores.

           Mas a coisa não pára por aí.  A Polícia Federal  prendeu ontem o diretor da polícia do Senado,  Pedro Ricardo Carvalho, e mais outros três policiais legislativos sob suspeita de tentarem  interferir nas investigações da Operação Lava-Jato.
            Segundo a PF, o grupo fez varreduras, contrariando as normas internas, para detecção  de conversas telefônicas em endereços de Brasília (Sen. Fernando Collor), Curitiba (Sen. Gleisi Hoffmann)  e São Luís (ex-Sen. José Sarney).

            A Polícia Federal suspeita que  Pedro Carvalho, próximo a Renan Calheiros, e mais três policiais do Senado teriam atuado  com o escopo de interferir nas investigações da Lava-Jato. Nesse contexto, o Presidente do Senado divulgou nota em que afirma atuarem os policiais legislativos dentro da lei. Nesse sentido, sem mencionar a Polícia Federal, Renan defendeu a "independência dos poderes".


( Fonte:  Folha de S. Paulo )

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