sábado, 30 de abril de 2016

O Falso Golpe

                                               

        Lula, Dilma e o PT pensam que o conselho do ministro da propaganda de Hitler, o soturno Dr Joseph Goebbels  - diga uma mentira cem vezes e ela se tornará verdade - seja para valer.
        Com a vasta maioria da Câmara que decretou o impeachment, que reflete o sentir da Nação - já de resto escrito nas letras garrafais das concentrações da multitudinária manifestação de todos esses Brasis, no domingo, treze de março de 2016 - seria necessária dose cavalar de má-fé, ou grave caso de esquizofrenia, para atrever-se a carimbar de golpe a aprovação do impeachment pela Câmara.
        No entanto, essa é a técnica preferida pelos movimentos totalitários, quer os de direita, quer os de esquerda. As interceptações telefônicas determinadas pelo Juiz Sérgio Moro já haviam escancarado para a sociedade brasileira quais eram as pretensões de Lula, assim como os seus juízos deformados da realidade circundante.
          Desde então, ele, a sua fiel Presidenta, e os movimentos que controla (e que não pouco temem a possibilidade crescente de que se feche a mágica torneirinha de recursos públicos que alimentam os protestos e as estripulias dessa sopa de letras dos slogans e das lorotas) batem na mesma tecla com a fúria de os que pensam que serão deserdados.
          Embora eles não saibam - coitados, sofrem de pronunciada azia se se metem a ler - a mentira e a calúnia (que é a sua versão mais arrogante e perigosa), desde muito que tem o seu uso e abuso recomendados pelos clássicos. Mas alguns rudimentos eles têm - como o torneiro-mecânico - e tampouco ignoram o que propõem esses agentes provocadores, que pululam nos movimentos da ultra-esquerda e aqueles chamados de extra-parlamentares, pelas suas feições mais grosseiras e métodos mais violentos, em que não há respeito à verdade, sendo dada preferência às tentativas de desmoralização do adversário - que passa a ser a vítima da vez, como inimigo das verdades propugnadas por esses grupelhos, que costumam substituir a eloquência da verdade pela prepotência  da aleivosia.
           A timidez deve ser barrada desse espetáculo, pois ela não tem vez, se confrontada com a má-fé, a desonestidade intelectual e a agressividade desses grupelhos.
            Os donos da verdade e os que agem de boa fé não podem dormir sobre os louros da própria doutrina e da respectiva implementação. Se a assertiva de um amigo meu - não há nada de seguro no subdesenvolvimento  - terá confundido um incauto delegado estrangeiro, a lição que esta suposta máxima traz é da necessidade de velar e zelar pelas verdades estabelecidas. Não se pode dormir sob os louros de que tal realidade será respeitada, pelo simples fato de que, em condições legais e justas, ela tenha  prevalecido.
              Não basta que a Câmara dos Deputados, em ambiente livre e isento de interferências,  haja aprovado o impeachment de Dilma Rousseff, com base na petição assinada pelo Dr Hélio Bicudo, Prof. Miguel Reale e Dra. Janaína Paschoal, por 367 votos a favor e 137 contrários, com sete abstenções e duas ausências.
              Sem qualquer coação, em ambiente livre, os deputados expressaram à sua vez os sufrágios respectivos.
              Dizer que o impeachment foi golpe pode acariciar o ego da perdedora, mas não retira um iota sequer da sentença livremente pronunciada pela Câmara.
               Que as chamadas pedaladas fiscais constituem crime de responsabilidade, como o estabelece a Lei da Responsabilidade Fiscal, não há de desaparecer, nem afetar-lhe o peso como o demonstraram os signatários da demanda, assim como a unanimidade do Tribunal de Contas da União, em base de cuja sentença se fundaram os signatários da carta à Câmara dos Deputados.
                Pois foi esta incômoda, mas inelutável e concreta realidade, que foi artificiosamente carimbada de golpe, de início pelo líder de todo o movimento , Luiz Inácio Lula da Silva, em seguida por sua inepta discípula, a que se intitula, faz chamar-se (e força a tanto os seus subordinados)  Presidenta.
                 Tolerou-se que o Prêmio Nobel da Paz de 1980, o argentino Adolfo Pérez Esquivel discursasse da tribuna do Senado e de lá de forma sinuosa mas decerto inequívoca se referiu à dificuldade que Dilma sofrera com  o inesperado golpe. O petista Paulo Paím, Senador pelo Rio Grande do Sul, lhe concedera a palavra e Pérez Esquivel dela se valeu para tentar achincalhar a iniciativa do impeachment. Posteriormente, terá pedido desculpas.   
                   Já na véspera outro argentino, conforme referido nesta coluna, Jorge Taiana, o atual presidente do Parlasul - o parlamento do Mercosul - inserira comunicado contra o impeachment de Dilma, a propósito de reunião em Montevidéu. ouH H                              Ho 
 Houve protesto da delegação brasileira, integrada por congressistas, diante dessa intervenção abusiva em relação a um ato legal do Congresso brasileiro, que se tenta achincalhar como se fora medida ilegal e golpista.   
                   A consciência da constitucionalidade e respectiva justiça da votação pelo Congresso brasileiro, através de sua Câmara de Deputados, do impeachment da Presidente Dilma Rousseff não deve ensejar atitude de plácida aceitação de juízos negativos e difamatórios do processo constitucional que culminou a dezessete de abril corrente.
                    Agir dessa forma é pactuar com a inverdade, tanto no que tange às garantias concedidas à ré, quanto com relação à atmosfera de liberdade que presidiu à integralidade do processo.


( Fontes:  O  Globo, Beaumarchais )

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