sábado, 23 de abril de 2016

Dilma, de novo, entorna o caldo

                             

         Pelo visto, a viagem de Dilma Rousseff a New York, para denunciar o golpe que teria sofrido, não funcionou. Em se tratando da Presidenta, não estaremos comunicando nada que realmente surpreenda.
         Com efeito, como todos os brasileiros que tivemos de aguentá-la, já aprendemos a lição que não é prudente confiar nas suas promessas.
          Como é do conhecimento geral, Dilma dera como propósito de sua ida a Manhattan denunciar o golpe que lhe tinha sido aplicado pelo Congresso.
           Depois, acrescentaria a motivação de igualmente comparecer para a cerimônia das Nações Unidas relativa ao acordo recentemente firmado em Paris para lidar com o desafio do aquecimento global.
           Ficou, no entanto, no meio político o temor de que Dilma comunicasse da tribuna da Assembléia Geral das Nações Unidas que o seu impeachment na verdade tinha sido um golpe... Em outras palavras, repisando a suposta tese petista que visara desmoralizar a sólida acusação contra ela, apresentando toda a crise como manobra golpista da oposição.
           O povo brasileiro, como se sabe, e o próprio Supremo não deram crédito à reação do PT, que é interpretada como tentativa política de negar crédito à seriedade que presidira ao Impeachment.
           No seu artigo sobre a viagem de Dilma, o New York Times tampouco caíu na trampa. Após assinalar que ela preferira, ao final, não incluir no seu discurso na Assembléia Geral qualquer menção ao  "golpe", observa que a Rousseff convidara um grupo de jornalistas, para depois da alocução, e na residência do embaixador brasileiro, partira para a ofensiva, denunciando seus oponentes, a quem definiu como 'mercadores do golpe' e 'conspiradores', e acrescentou que eles seriam julgados com severidade pela História.
          A matéria do Times reporta igualmente a reação da mídia brasileira, que criticou a decisão dela de pleitear apoio internacional na sua luta contra o impeachment, como um movimento que mancharia a imagem da nação.
          Faz-se ainda menção ao editorial da Folha de S. Paulo, que condena inequivocamente a tentativa da Presidenta.  Mas na profusão de citações, a mais forte segundo o Times, é o comentário do Ministro do Supremo, José Antonio Dias Toffoli: " A resposta responsável seria fazer uma defesa que respeite as instituições brasileiras e transmita uma mensagem positiva acerca do Brasil para o mundo  - que é uma democracia sólida que funciona e que as suas instituições agem com responsabilidade."
             O Times sublinha que "as palavras de Dias Toffoli têm peso:  ele é um antigo advogado do Partido dos Trabalhadores  que foi indicado para a Corte pelo predecessor de Rousseff e seu patrono político, Luiz Inácio Lula da Silva."
              Como se verifica, uma vez mais dá chabu tentativa de Dilma. E como já tinha sido notado por esta coluna, a evolução do Ministro Dias Toffoli já era verificada, e é um desenvolvimento que deve ser notado com louvor.


( Fontes:  The New York Times,  O  Globo ) 

Nenhum comentário: