sexta-feira, 29 de abril de 2016

Temer e seu governo ?

                                    

       Segundo o Estado de S. Paulo, Michel Temer teria o 'núcleo duro' de seu governo em um quarteto, onde a ênfase estaria sobretudo na economia, dados a situação atual  e o estado em que a presidenta Dilma a deixou.
        É provável que se realize o dito afastamento (computam-se  50 votos a favor, e para tal bastariam 41). Michel Temer, em um aceno ao PSDB, declarou que não se candidataria à reeleição para 2018. A par disso, Temer disse a serviço informativo que apoiará eventual proposta de fim da reeleição.
        Consoante a notícia do Estadão, Temer planeja fazer do Senador José Serra um interlocutor com o empresariado. O seu posto oficial seria o de Ministro das Relações Exteriores, com esse ministério fortalecido pelo comando do comércio exterior.
        Depois do longo inverno do Itamaraty sob Dilma, que não perdera oportunidade em rebaixar a Secretaria das Relações Exteriores, forçados os ministros da carreira a engolir enormes sapos, como a vertiginosa baixa nas dotações, a perda de influência  e a ingerência crescente de xerifes petistas, Serra cuidará de fortalecer as exportações, por meio de acordos com os principais mercados do mundo.
         A avaliação é de que o PT errou ao priorizar países emergentes.Nesse sentido, estará à baila o que fazer com o grupo dos BRICS, cuja criação coincidira com período de crescimento e otimismo na economia mundial.
         Farão igualmente parte do núcleo duro governamental Henrique Meirelles, na Fazenda (sob a condição de nomear o Presidente do Banco Central);  Romero Jucá, no Planejamento, e Moreira Franco, numa super-secretaria sem status ministerial - mas ligada à Presidência, e coordenando concessões, parcerias público-privadas (PPP) e privatizações.
          Romero Jucá ficará em Planejamento a que se agregará a responsabilidade pelo BNDES. A Jucá caberá, outrossim, aprovar medidas duras de ajuste nas contas estatais.
          Sob o Flak[1] dos dilmistas, o vice-presidente Temer tem negado que tencione reduzir programas sociais, entre eles o Bolsa Família. Teria chegado mesmo a declarar que pretende dar-lhe um incremento de 5%.  O que esse programa carece é de uma verificação em regra, para evitar que nele se empoleirem os sólitos aproveitadores de turno.

( Fontes: Estado de S. Paulo, O Globo, Folha de S. Paulo )




[1] Da expressão alemã Flugabwehrkanone (artilharia antiaérea).


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