segunda-feira, 25 de abril de 2016

Maduro e a ditadura judiciária

                         

         O controle da maioria oposicionista no Congresso da Venezuela está sendo abusivamente realizado por um 'Supremo', que na verdade atua como bedel ou controlador do Legislativo venezuelano. Com efeito, essa atuação dos chavistas através do Supremo não tem qualquer fundamento dentro do equilíbrio de poderes que é uma das características primaciais da teoria de Montesquieu.
        Dado o atroz nível desses senhores, esse tipo de observação não parece suscetível de qualquer efeito suasório nesse grupo, que recorda a Animal Farm, a imortal sátira de George Orwell.
        Uma justiça como a atual na Venezuela de Nicolás Maduro sendo um acinte aos princípios que devem presidir a coexistência constitucional dos três poderes - legislativo, executivo e judiciário - não tem  qualquer base constitucional, sendo nula de pleno direito.
       O tosco 'mecanismo' instituído pelo ditador Nicolás Maduro não engana ninguém.
        Quando falta qualquer espírito de respeito aos grandes princípios que norteiam a governabilidade de um país, como é o caso da Venezuela, não há entendimento possível entre os poderes.
         Foi para este senhor e sua caterva, que uma tosca manobra de Dilma Rousseff criara condições de fato para 'suspender' o Paraguai do Mercosul, e fazer entrar a Venezuela chavista no dito Mercado Comum Sul-americano. Com isso se agravou a crise do Mercosul, e o petismo, através de seus interventores, forçou a diplomacia brasileira a mais um triste papel, desrespeitando um país amigo e soberano, em canhestra manobra.
         A crise se agrava na Venezuela, mas talvez através desse paroxismo - que é a crua intervenção no Legislativo sem qualquer respeito pela equiparação dos poderes  -  os  protestos cresçam visualmente e em decibéis, de modo a despertar de sua modorra a Organização dos Estados Americanos.

          Será, acaso, esperar demasiado?



( Fonte:  O Estado de S. Paulo 

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