terça-feira, 9 de junho de 2015

Trincheiras da Liberdade 15

                                

Declarações do Nobel Oscar Arias

 
         Em visita ao Brasil, o ex-Presidente da Costa Rica, Oscar Arias, concedeu  entrevista ao Estadão. Nessa oportunidade, declarou notadamente:

(reaproximação Cuba e EUA) “É maravilhoso e parece que o presidente Barack Obama fez o que tinha de fazer. (...) O levantamento do embargo, no entanto, é o mais difícil, pois tanto o Senado quanto a Câmara dos Deputados nos EUA têm a maioria republicana, e os republicanos não estão dispostos a levantar esse embargo se o governo de Cuba não oferecer concessões que lhes satisfaçam. O reconhecimento de Cuba por parte do EUA também não significa que a ilha vai se tornar democrática  de um dia para outro. Não esperamos que isso aconteça enquanto os Castros estiverem vivos”(meu o grifo).

(novo cenário terá impacto na Venezuela ?) “Não necessariamente.  O caso venezuelano é o de um país onde, por meio de eleições,  partido político toma o poder para enfraquecer as instituições democráticas, acabando com a separação de poderes. Todos são controlados pelo Executivo, deixando de ser  uma democracia para converter-se em uma autocracia. Os Conselhos Eleitorais não são independentes e o mundo demonstra uma grande indiferença aos processos eleitorais que não são democráticos, nem transparentes. Esperamos que os governos da América Latina levantem a voz para exigir ao presidente Nicolás Maduro que pare de eliminar liberdades. No entanto, a América Latina, incluindo o Brasil, aguarda em silêncio inexplicável, injustificável”. (meus os grifos)

 

 Visitas ao Papa Francisco          

          

            Cristina Kirchner que, enquanto Jorge Bergoglio era arcebispo na Argentina, jamais dele foi próxima, já visitou Papa Francisco quatro vezes em dois anos.

             Há três meses Francisco reclamou que se sentia usado pela política. Com relação à insistência da Presidente Cristina, o Papa até que atrasou um tanto o último encontro, mas como assinala Sergio Rubin, coautor de biografia de Bergoglio antes que se tornasse Papa, “não poderia negar reunião com um chefe de Estado, muito menos com a presidente de seu país.”

            A esse propósito, há dois meses atrás, quando o apresentador argentino Alfredo Leuco soube da última visita de Cristina Kirchner ao Pontífice, escrevera carta aberta em que assinalou a própria inconformidade com a decisão e pedia que todos os candidatos a presidente fossem recebidos pelo Santo Padre. 

             No fim do dia, havia em sua caixa postal mensagem de Papa Francisco, agradecendo pelas críticas “sem rancor”.  Tal mensagem seria interpretada pela oposição como forma de indicar a Cristina de Kirchner que, embora a recebesse, sabia da força dessas imagens na política argentina.

 

( Fonte:  Estado de S. Paulo )

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