domingo, 28 de junho de 2015

Mediocrizar a Seleção !


                                          

         Confrange um pouco, mas não se pode calar.  A verdade é que não é de hoje que estão empenhados em mediocrizar a seleção. A rebaixá-la ao nível da CBF. Depois de José Maria Marin, detido na Suiça, enquanto Sepp Blatter continua presidente da FIFA e – pior ainda! – pensando que pode empurrar a crise da corrupção com a barriga, temos  Marco Polo Del Nero, como sucessor de Marin! E um grau mais abaixo, o indicado de Marin, como preparador técnico da seleção, Dunga!

         Podia dar outra coisa? Eu me lembro – e a idade pode ser fonte de saudosismo – de um futebol brasileiro, mais alegre, de melhor técnica e sobretudo dando alegria ao povo. Não era só Garrincha que a distribuía às mancheias, mas Pelé, Nilton Santos e outros mais!

         Ao pensar e rever na mente os técnicos de hoje, cheios de esquemas mágicos em cabeça muita vez vazias, como não se relembrar dos técnicos do passado ?

         Enquanto a câmara da tevê nos mostra o estólido, perplexo, paralisado Felipão, enquanto o 7x 1 se gestava diante de seus olhos, e ele sequer reagia! Já dizia  velho boxeador que a gente vai a nocaute por um soco  que não se sabe de onde saíu, e a expressão fisionômica do festejado Felipão naquele momento dizia talvez mais do que muitas palavras e discursos.

         Não sei em que mundo vivem os nossos atuais técnicos da Seleção. Antes as coisas eram mais simples, talvez porque os jogadores fossem muito melhores, mas vejam o que fizeram com o Neymar, de boa gente o transformaram em menino mimado, que se entregou de pés e mãos atados à Comebol e aos senhores árbitros. O que ele deveria era jogar como no Barcelona e não fazer fouls, porque só técnico burro pede para o Neymar fazer falta, ele que tem todo esse futebol!?  E para quê? para virar um jogador qualquer, pendurado de cartões amarelos?

          Já disse isso muita vezes, mas a vida – e o nosso futebol – me induzem a repeti-lo. A Alemanha não é nenhum bicho-papão. Os técnicos brasileiros deveriam esquecer a própria mediocridade – se isto é possível... – e montar esquemas mais simples, que se sirvam da nossa ainda grande habilidade e técnica! Não é por acaso que quase todas as seleções do mundo têm jogadores brasileiros naturalizados...

          Tanto Dunga, ontem contra o Paraguai, como Felipão, contra a Alemanha, não tiveram condição de fazer o próprio dever de casa.  Vou repetir, porque para os sabichões da seleção tal é mister: o modesto time da Argélia, em partida contra a magnífica Alemanha terminou o tempo regulamentar com 0x0, e só perdeu na prorrogação, por 2x1! Ao invés de se deixar embalar pelo oba-oba, Felipão deveria haver estudado mais o seu adversário alemão. Portugal, como nós, fora destroçado por quatro gols relâmpagos, que desestabilizaram o time... Conosco, ocorreu parecido... Enquanto isso, a medíocre Argélia, porque dispunha de bom técnico, conseguiu até assustar o fantasma germânico, a ponto de entusiasmar o público em Porto Alegre, que passou, como é lógico, a torcer pelo timinho argelino (que atacava pelas pontas sem medo e levou muitos sustos ao esquadrão que seria campeão do mundo para nossa eterna vergonha).  E o gol da Argélia, que ninguém me contou, pois meninos, eu vi, foi daqueles de estufar a rede, feito com raiva e vontade...

          E ontem, gente? No tempo do Feola, ele deixava a turma jogar, e não inventava demasiado. Sei que a qualidade é muito diversa, e que o nosso Dunga gosta de gente medíocre e até implica com os melhores. Que explicação para ele preferir esse Firmino, que colecionou nessa curta Copa América a perda de gols incríveis. E ter tirado do time, minutos antes da bateção de pênalties, o único craque, Robinho?... Só se entende esse comportamento, se o interpretarmos como alguém que gosta dos jogadores sem brilho, sem classe, como ele mesmo o foi e é agora como técnico.

         Perder pela segunda vez nos pênaltys para o Paraguai não é destino, é burrice. Só pode ter sido o Dunga que fez a escalação dos batedores... E vocês viram como o Jefferson  encontrava sempre um jeito de se  jogar por onde  a bola não passaria ?! Pois se ficasse parado, a bola bateria nele, eis que os batedores do Paraguai escolhiam quase sempre o centro do arco... Dá prá entender? O triste é que dá, e que com um pouquinho de inteligência o assunto estaria resolvido...

        

( Fonte: Rede Globo )

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