terça-feira, 2 de junho de 2015

Depois da FIFA a CBF


                                          

            Sentindo que a reação contra a sua permanência na presidência da FIFA, não lhe dava mais condições de aferrar-se ao quinto mandato, Sepp Blatter teve de optar pela renúncia.

            Comunicada a sua decisão através de conferência de imprensa hoje convocada às pressas, disse o presidente renunciante que é hora de realizar nova eleição para escolher o seu sucessor.

            Vencida essa fase, e esperando que seja afinal indicado alguém à altura do desafio, com a única condição de que não pertença ao grupo de Blatter, Valcke e todos aqueles que participaram desta Administração. Não é pedir demasiado que seja honesto, competente e com a firme intenção de repor a FIFA como organização séria e voltada para a total transparência nas suas transações e torneios.

             Também no Brasil soa a hora de que a CBF se veja livre do grupelho de Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo del Nero.  Com a sua fuga de Zurique após a prisão de Marin, o atual presidente da CBF escreveu um bilhete mais eloquente e veraz do que as suas declarações negando haver assinado papéis que firmara, e protestando ignorância de transações e documentos que um exame perfunctório já demonstra serem do seu conhecimento.

             Com total transparência, a sucessão de del Nero deve ser realizada com o escopo precípuo de dotar a Confederação Brasileira de Futebol de um novo dirigente, com reconhecida e brilhante folha de serviços, que não tenha participado de administração ligada ao grupo supra-referido. O seu currículo se assinalará sobretudo pela capacidade e experiência na matéria.  Assinalado por honestidade acima de qualquer suspeita, disporá da condição indispensável para recuperar a entidade, e pelo exemplo, as demais federações.  Dentro desse ambiente de lisura e alto padrão ético, o empenho da CBF pelo êxito dos diversos certamens que organiza e participa, tudo deverá ser feito pela recuperação plena do futebol brasileiro, de sua categoria e afirmação consoante o exemplo dado pelas equipes que levantaram cinco campeonatos mundiais e a presença única da seleção brasileira em todas as Copas do Mundo.         

 
 

( Fonte:  Site de O Globo )

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