A Justiça Eleitoral
Uruguaia confirmou ontem o
ex-senador Luis Lacalle Pou, do Partido
Nacional, como o novo presidente do
Uruguai.
O político de centro-direita, de 46 anos, venceu ao candidato da Frente Ampla,
Daniel
Martinez, na eleição que foi considerada como a mais acirrada na
história uruguaia.
A despeito de as eleições terem sido
realizadas no domingo, dia 24, o resultado somente foi confirmado ontem, quinta-feira,
dia 28 de novembro.
Por vez primeira, foi necessário esperar
a contabilização dos "votos observados" - i.e., os votos de mesários
e militares, que trabalham na eleição, e
têm suas cédulas computadas depois da apuração, por se acharem fora da zona
eleitoral de origem.
Lacalle Pou superou
Martinez em 28 mil votos - uma diferença de l,2
ponto percentual - e havia trinta
e cinco mil "votos observados" a serem
apurados. Por este motivo, se decidiu
contabilizá-los antes, e somente depois anunciar o vencedor, já que o resultado
final poderia ser alterado.
Assinale-se, outrossim, que esta
foi a primeira vez na história do Uruguai que os "votos observados"
precisaram ser incluídos para decidir uma disputa eleitoral.
A vitória de Lacalle Pou põe fim a
quinze anos de governo da Frente Ampla no Uruguai, depois de dois mandatos do
presidente Tabaré Vázquez e um de José
Mujica. A pequena diferença
surpreendeu,pois o cenário era desfavorável à Frente Ampla, sobretudo por causa
do desgaste dos quinze anos de governos sucessivos desse partido da esquerda
uruguaia.
As principais queixas dos
uruguaios são a insegurança e a
desaceleração da economia do país. Embora sendo considerado seguro, no violento
contexto latino-americano, o Uruguai registrou um aumento de 45% dos casos de
homicídio, entre 2017 e 2018. Dessarte, a taxa passou de 5,7 assassinatos para cada cem mil
habitantes,em 2005, para 8,4 assassinatos
por cada cem mil habitantes, em
2015.
Martinez reconheceu a
vitória de Lacalle Pou no segundo turno da eleição, pouco depois da apuração
parcial dos votos observados. Além da
reunião de hoje com Martinez, Lacalle já
tem marcada reunião com Vásquez.
A cerimônia de posse será em 1º de
março para um mandato de cinco anos.
( Fonte: O Estado de S. Paulo )
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