segunda-feira, 25 de novembro de 2019

STJ julga federalização caso Marielle


                  Parece que persiste a oposição contra libertar  a avaliação dos autores do assassínio da pobre Marielle e de seu motorista Anderson Gomes, de parte da Polícia Civil e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
         O Superior Tribunal de Justiça, essa antecâmara do Supremo, tarda em decidir se o caso Marielle se resolve (em termos de determinação de federalização - em outras palavras, se se retira o caso da Polícia Civil e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro), ou, se se convence da incômoda e injusta tardança no julgamento de um caso, que tanto abalou a mui leal Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, e se se passa a sua tramitação para a chamada federalização do caso judicial, para que afinal decidam autoridades da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF).
            Por isso, faz muito sentido a intervenção in extremis da Procuradora-Geral Raquel Dodge: "após um ano da morte da vereadora, os investigadores não chegaram nem aos mandantes, nem descobriram a motivação do crime. " Por isso, a Dodge chegou a dizer que o "eventual fracasso da persecução criminal do mandante importaria  a responsabilização  internacional do Estado brasileiro".
           A par disso, o ex-Ministro da Defesa e Segurança Pública, Raul Jungmann sempre esteve ao lado de Dodge em favor da federalização. Segundo Jungmann, a morte de Marielle é um atentado contra a democracia, principalmente, por ela representar os direitos humanos: "Estamos diante de um crime contra os direitos humanos de repercussão nacional e internacional. A federalização é necessária porque, de fato, existem informações que atestam que há envolvimento de agentes públicos, inclusive da própria área de segurança do Rio. Pelo que se sabe, também há ligação de políticos nesta questão." (...) Por parte do MPF, o que se tem certeza é que o atual procurador-geral da República, Augusto Aras, irá ratificar o pedido de Dodge.  A ex-procuradora alegou que havia indício de envolvimento do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) afastado Domingos Brazão,  como mandante do crime. Conforme O Globo revelou em setembro, relatório da PF mostrou que a disputa por pontos políticos estaria por tràs de um possível envolvimento de Brazão.

( Fonte: O Globo )

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