Parece que persiste a
oposição contra libertar a avaliação
dos autores do assassínio da pobre Marielle e de seu motorista Anderson Gomes, de parte da Polícia Civil e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
O Superior Tribunal de Justiça, essa
antecâmara do Supremo, tarda em decidir se o caso Marielle se resolve (em
termos de determinação de federalização - em outras palavras, se se retira o
caso da Polícia Civil e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro), ou,
se se convence da incômoda e injusta tardança no julgamento de um caso, que
tanto abalou a mui leal Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, e se se
passa a sua tramitação para a chamada federalização do caso judicial, para que
afinal decidam autoridades da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público
Federal (MPF).
Por isso, faz muito sentido a
intervenção in extremis da
Procuradora-Geral Raquel Dodge: "após
um ano da morte da vereadora, os investigadores não chegaram nem aos mandantes,
nem descobriram a motivação do crime. " Por isso, a Dodge chegou a dizer
que o "eventual fracasso da persecução criminal do mandante
importaria a responsabilização internacional do Estado brasileiro".
A par disso, o ex-Ministro da Defesa
e Segurança Pública, Raul Jungmann
sempre esteve ao lado de Dodge em favor da federalização. Segundo Jungmann, a
morte de Marielle é um atentado
contra a democracia, principalmente, por ela representar os direitos humanos:
"Estamos diante de um crime contra os direitos humanos de repercussão
nacional e internacional. A federalização é necessária porque, de fato, existem
informações que atestam que há envolvimento de agentes públicos, inclusive da
própria área de segurança do Rio. Pelo que se sabe, também há ligação de
políticos nesta questão." (...) Por parte do MPF, o que se tem certeza é
que o atual procurador-geral da República, Augusto Aras, irá ratificar o pedido de Dodge.
A ex-procuradora alegou que havia indício de envolvimento do conselheiro do Tribunal de Contas do
Estado (TCE-RJ) afastado Domingos Brazão, como mandante do crime. Conforme O Globo
revelou em setembro, relatório da PF mostrou que a disputa por pontos políticos
estaria por tràs de um possível envolvimento de Brazão.
(
Fonte: O Globo )
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