O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi libertado ontem,
sexta-feira, oito de novembro da prisão em Curitiba, em que estava desde sete
de abril de 2018. Tal ocorreu um dia depois o STF, por 6 a 5, pelo voto do
Ministro Dias Toffoli, atual presidente do Supremo, haver derrubado a
possibilidade da execução após condenação em segunda instância. Deixando a
sala especial da Superintendência da Polícia Federal às 17:42hs, depois de lá
ficar 580 dias, Lula manteve os ataques
a Sérgio Moro, então juiz e hoje ministro da Justiça, à imprensa, ao M.P., o
ex-presidente mirou no que chamou de "lado podre do Estado
brasileiro", citando Justiça, M.P.F., a Polícia Federal e a Receita Federal
- setores que, segundo o ex-presidente, agiram para criminalizar a esquerda, o
PT e ele próprio.
Condenado em três instâncias da Justiça por corrupção e lavagem de
dinheiro no caso tríplex de Guarujá,
Lula permanece com os direitos políticos cassados - o que o impede de
candidatar-se - mas a análise mais frequente é que sua liberdade reacende a
polarização do petismo com o presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Falando por dezessete minutos, Lula disse que "o Brasil piorou" e acusou o
atual governo e Bolsonaro de mentirem.
Um ato está previsto para hoje no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em
São Bernardo do Campo. O mercado financeiro também interpretou a soltura de Lula como um sinal
de acirramento da polarização política, com possível impacto no andamento da
pauta econômica do governo. O dó-lar registrou o terceiro dia consecutivo de
alta (fechou em R$ 4,16) e a Bolsa fechou com queda de 1,78%.
Considerado justamente uma derrota da Lava Jato, o entendimento do STF de que um condenado tem o direito
de responder em liberdade até o fim de todos os recursos abriu caminho para a
soltura de em torno 4.895 presos em todo o país. Entre eles, políticos sentenciados
nos últimos anos. Ontem, também foram beneficiados com a liberdade dois
ex-presidentes do PT e do PSDB: o ex-ministro José Dirceu e o ex-governador de
Minas Gerais, Eduardo Azeredo, respectivamente.
Moro, o atual ministro da Justiça, defendeu ontem que o Congresso
analise proposta que altere a Constituição para autorizar novamente a prisão
após condenação em segunda instância.
Varrida pelo então repúdio público à que fosse mantida a possibilidade
de soltura a réus condenados em segunda instância, como era o caso entre outros
de Pimenta Bueno, agora tudo volta ao statu
quo ante, dentro da máxima, formulada pelo pensador do Alvorada, de que nada é seguro no subdesenvolvimento.
É o que estamos ora vivenciando...
( Fontes: O Estado de
S. Paulo e experiência pessoal ).
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