Em
comício na Praça Colón, o centro de Madri, o partido de extrema direita Vox
encerrou a campanha para a eleição de hoje, 10 de novembro. Esta ida às urnas
será a quarta em quatro anos.
Segundo as pesquisas, a direita radical deverá dobrar sua representação popular. Nesse sentido, o
Partido Popular (PP) de centro-direita, e o Partido Socialista (PSOE) usaram os
últimos comícios com vistas a mobilizar
suas bases para tentar conter o
avanço do Vox.
O
Premier socialista Pedro Sánchez fechou a campanha em Barcelona.
"Precisamos frear a extrema-direita no voto", disse o líder do PSOE.
Pablo Casado, do PP, encerrou a disputa na capital com um último apelo por
unidade. "Nós, de centro-direita, temos de estar unidos Não podemos
fazer um gol contra", afirmou o líder conservador.
Como se sabe, PSOE e PP são os partidos mais tradicionais da Espanha e
se alternaram no poder. No entanto, na reta final da campanha, em nenhum outro
lugar a sensação de triunfo era maior do que na praça Colón, ao lado da
multidão dos eleitores de Santiago Abascal, líder do Vox.
Segundo as pesquisas, o partido sairá de 24 deputados para 52,
tornando-se a terceira força de um Parlamento de 350 cadeiras. Essa ascensão meteórica tem estreita ligação
com o dis-curso incisivo contra a independência da Catalunha. Durante os protestos que se multiplicaram em
Barcelona, em outubro, Abascal defendeu
que Sánchez acionasse o estado de exceção para controlar a violência.
Apesar de o Vox ser a maior novidade na eleição de hoje, dificilmente as
urnas romperão o impasse político na Espanha, cuja governabilidade mergulhou na
instabilidade desde que o oligo-pólio bipartidário foi pulverizado, em 2015,
com o surgimento de outras duas forças: o Podemos,
de uma esquerda insatisfeita com o PSOE, e o Ciudadanos, de centristas descontentes com o PP.
(
Fonte: O Estado de S.Paulo )
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