O jovem líder do PSL,
deputado Eduardo Bolsonaro (SP), se tivera o propósito de testar a reação da
sociedade política à eventual entrada em cena de um novo AI-5, não poderia
te-lo feito de modo melhor. Pois a hipótese de recorrer a esse marco da ditadura
militar, ainda que referido en passant,
não poderia ter surtido efeito mais amplo e destrutivo, na resultante e
impressionante reação da sociedade civil, diante da abstrusa ideia de servir-se
desse peculiar monstro, em que pensando extirpar e esmagar qualquer suposto
remanescente democrático - como era em illo
tempore o propósito saído da reunião convocada para o Palácio das
Laranjeiras, se produzira na verdade a exacerbação da perseguição castrense e
as consequentes condições que ao cabo criariam os elementos para a reação da
sociedade civil.
Desta feita, na realidade, os
inoportunos e desafinados acordes buscados como que para tentar trazer de volta
aqueles dias e meses malsinados, tiveram, posto que sem desejá-lo, o efeito de
imantar atroadora reação da sociedade civil, política e jurídica, não só de
geral e ampla condenação, mas também em raivoso repúdio, escorraçando do
terreno político essa estranha criatura, que não tem guarida neste País Continente,
sobre que tremula o auriverde pendão,
não só da Justiça, mas de Liberdade e Respeito a todos os homens. E terá sido por
esse mágico condão em que a Esperança se confunde com a certeza, nessa magna
jornada, tão deliciosamente coordenada, porque resultado de geral vontade que
faz parte dos sacros compromissos em que se reflete a Liberdade, a quem e
somente a Ela, é permitido abrir suas maravilhosas asas sobre o Povo
Brasileiro.
( Fonte: Castro Alves )
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