O general Benny Gantz, líder do Partido Azul e Branco, que tenta formar governo (Bibi Netanyahu - o primeiro encarregado
a tentar formar gabinete após as eleições de setembro último - teve que
desistir da tarefa, por não conseguir aglutinar maioria para viabilizar um
ministério com condições de governar).
Por
determinação do presidente de Israel, a missão passou para Benny Gantz. Em seu
esforço, para aglutinar gabinete, o general tomou atitude que é, infelizmente,
rara em Israel: reuniu-se com quatro líderes do partido Lista Árabe Unida, com o escopo de
discutir com os representantes desse partido os termos de uma aliança de
governo. Após a reunião, Gantz
emitiu declaração conjunta com Ayman Odeh e Ahmad Tibi, afirmando que o
encontro foi "cordial" e importante para discutir "assuntos
fundamentais para a comunidade árabe de Israel" - segundo o general,
muitos problemas concernem a questões civis, que são simples de resolver.
Como
Netanyahu fracassou na sua primeira tentativa de formar gabinete, se Gantz não
conseguir o necessário apoio, Israel terá uma terceira eleição, em menos de
doze meses.
Dentre as dificuldades que Gantz tem pela frente está o rancor por que vivem alguns pequenos partidos na política
israelenses. Dentre esses, está o do ex-chanceler Avigdor Lieberman, que apesar de seus patéticos oito deputados, pode infelizmente inviabilizar a formação de
gabinete chefiado pelo general Gantz.
Com efeito, dentro do fragmentário quadro político israelense, com os
seus oito deputados - eleitos por um público que odeia por princípio os
representantes do povo árabe-palestino,
- esses oito deputados de
Lieberman, se o caráter fragmentário de muitas das representações políticas, já seriam bastantes para
inviabilizar o governo de uma força nova em Israel, em que Netanyahu
( tem três processos a enfrentar com o Procurador-Geral de Justiça) continuaria
indispensável, enquanto se tolerar que partidos como o de ex-chanceler
Lieberman - que está na categoria mini, com seus oito deputados, mas pelo visto
o suficiente para vetar políticos novos como o general Gantz. Fazendo do ódio
parte do seu programa, compreende-se como é difícil governar para todos em
Israel, se a tropa de manobra (util,
embora diminuta, em um país onde o ódio alimenta a injustiça do sistema de
governo em Israel, e admite que tal tipo de veto faça parte integral do
sistema). Entende-se, por isso, porquê Bibi
Netanyahu possa voltar breve a presidir mais um gabinete em Israel - para
garantir, na máxima célebre, que tudo continue como está...
( Fonte: O Estado de S. Paulo )
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