segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Radicalização em Hong Kong ?


                                 

         O líder chinês Xi Jinping, em sua resposta aos "troubles" em Hong Kong, dá indicação bastante de que o estamento chinês timbra em não entender o caráter da reação na antiga colônia inglesa, preferindo ver como radicalização, o que em verdade não passa de aspiração local de que as condições em que foi realizada a passagem da antiga colônia britânica para a soberania da RPC sejam observadas, com o respeito à condição democrática marcada pela cidadania da ilha.
           Sem embargo, é de certo necessário que haja entendimento nesse sentido entre as Partes.  Nesse contexto, a polícia de Hong Kong ameaçou responder com munição real se manifestantes usarem armas letais e cometerem outros atos de violência. Essa corporação divulgou a dezessete do corrente nota pedindo aos manifestantes que parem de usar armas letais para atacar policiais.
             Tal comunicado foi expedido horas depois de agente ser ferido na perna por flecha lançada por manifestante durante confrontos  em área universitária na região de Kowloon, que se tornou o principal lugar de protestos pró-democracia na ex-colônia de Sua Majestade.

               É de notar, outrossim, que a mobilização pró-democracia começara em junho com a rejeição pela cidadania de projeto de lei que autorizaria   extradições para a China continental, onde a justiça é controlada pelo Partido Comunista.  A novel governadora Carrie Lam teve, a par disso, a inabilidade de associar-se à citada iniciativa.
                Mais tarde, em setembro,  o texto foi retirado, mas os manifestantes ampliaram as respec-tivas reivindicações - que incluem o sufrágio universal para a escolha do chefe do Executivo de Hong Kong.

(  Fonte: O Estado de S. Paulo  )   

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