quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Prisão perpétua para Battisti


                        
         A Suprema Corte de Cassação  da Itália negou nesta terça-feira, a dezenove de novembro ao prisioneiro Cesare Battisti possibilidade de comutação da pena cominada contra ele.

           A defesa de Battisti pedira a alteração da pena de prisão perpétua para trinta anos de detenção.

             O tribunal declarou "inadmissível" o recurso.

             Como é sabido, Battisti fora condenado a prisão perpétua pelos quatro assassínios que lhe são imputados na década de 70, quando militava no grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).
           Como também não se ignora, Battisti bateu duas vezes no Supremo Tribunal Federal,  a Corte Suprema no Brasil, que corresponde à Cassazione, na Itália.
           Ele obteve no passado asilos junto ao Presidente François Mitterrand, na França, e mais tarde teve suspensa a condenação no Brasil, por intervenção do então presidente Lula. Desta vez, após um estranho intento de visitar a Bolívia - quando  fruía de asilo no Brasil, acabou preso e depois de transferência para aquele país, seria extraditado para a Itália, a fim de cumprir a dita pena, a que alegara inocência.
            
       Por esta vez, a velha pena que sempre contestara, valeria afinal. Ao cabo de tudo, resta a pergunta: as antigas alegações não mais surtiram efeito? A sina de Battisti e as alternâncias na Justiça, seja na França de Mitterrand e no Brasil de Lula, decerto não comoveram os magistrados da Cassazione. À distância, semelha difícil saber da verdade, e se ela terá acaso mudado ao longo das décadas e da fuga.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )      

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