Nos
últimos meses, a América Latina volta a presenciar cenas que parecem
retiradas do passado. São presidentes
falando à nação, em momento de crise, cercados por um entorno militar. Assim,
no Equador, os militares estão atrás
do presidente Lenin Moreno, enquanto ele anuncia o estado de emergência. Dias depois, a cena se repete, agora no Chile: o presidente Sebastián Piñera faz o
mesmo, com dúzia de altos oficiais à volta.
Por outro lado, no Peru, em outubro,o
presidente Martín Vizcarra aparece
ao lado de militares para declarar que não se renderá à pressão do Congresso -
que é liderado pela Oposição - para ceder-lhe o poder.
A par disso, a recente eleição na
Bolívia - que ainda ao parecer não terminou -
o presidente Evo Morales, após um dúbio episódio, de suspensão da contagem
dos votos, e um confuso parêntesis, ei-lo que aparece ostentando uma súbita maioria,
a que se junta um discurso ao estamento militar
em que pede que "garantam o território nacional" e mantenham a
unidade política do país. Tudo isso fará esquecer o súbito black-out na apuração, e as novas condições que cerram para o
candidato da oposição, C. Mesa, o recurso para uma nova consulta ao eleitorado
?
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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