O homem-forte da
Turquia, Recep Tayyip Erdogan deverá reunir-se, em Washington, na próxima quarta-feira com o presidente Donald Trump, segundo
informou a presidência turca.
Erdogan havia ameaçado cancelar a
visita, por causa das tensões provocadas pela questão síria, e também pelo fato
de a Casa de Representantes, sob maioria democrata, houvesse afinal
reconhecido o genocídio armênio praticado pelo sultanato turco-otomano.
Pela estranhíssima retirada americana da Síria, e o consequente abandono
dos milicianos curdos - de que este blog
já tratara com a atenção devida, pela criminosa negligência de um aliado fiel
para com válido e corajoso contingente cujos ótimos serviços "mereceram"
esse tratamento que terá poucos
similares na história, dada a circunstância de que a muito preciosa ajuda pelos
soldados curdos ao contingente americano em várias (e difíceis) áreas do
Oriente Médio foi menosprezada pelo 45º presidente, com um nível de ingratidão
que terá poucos exemplos na crônica das alianças, dado o nível em que a falta
de um mínimo de valorização pela relevante ajuda dispensada em passado recente
rivaliza com o cínico menosprezo dado ao aliado certo e confiável, que terá
poucos exemplos na história militar e a
fortiori, a falta abismal de qualquer sentido de gratidão para com esse
aliado certo. A história registrará poucos exemplos de tanta torpeza, na medida
em que vai contra a inteligência desdenhar de uma tropa fiel e o que é mais
importante, guerreiros de fé comprovada,
e por conseguinte aliados que o inimigo teme.
A lealdade não é artigo que esteja à venda, e tratá-la da forma descrita
não é decerto aconselhável para comandante militar, qualquer que seja a sua
hierarquia.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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