Cesar Rincón, de cincoenta anos,
ex-diretor da estatal PDVSA, se declarou culpado nos Estados Unidos de lavagem de dinheiro por
meio de um sistema de propinas, conforme asseveraram ontem, dezenove de abril,
autoridades estadunidenses.
O venezuelano Rincón, em um tríbunal de
Houston, reconheceu as acusações. Extraditado da Espanha, aonde se refugiara,
para os Estados Unidos, em 2017, terá agora de pagar multa superior a US$ 7
milhões.
Como se sabe, a estatal Petróleos de Venezuela era, antes da
assunção de Hugo Chávez, a grande fonte de riqueza do país, dada a qualidade e
a abundância do petróleo venezuelano.
Ao politizar a direção da PDVSA, e de
forma irresponsável, Chávez contribuiria para criar as condições do descalabro
futuro, tanto da direção e organização dessa grande estatal do petróleo, quanto
das próprias finanças de seu país. Com o seu herdeiro Nicolás Maduro, a
situação se torna ainda pior, com a negligência na manutenção dos equipamentos,
a forma irresponsável da respectiva gestão,
tudo isso acrescido da respectiva ladroagem.
Por isso, personagens relativamente
menores, como César Rincón, ajudam a entender como o país que detém os maiores
recursos petrolíferos do planeta, a par da alta qualidade desse petróleo, chega
ao ponto em que hoje se encontra, em que a PDVSA está vergada sob dívidas
absurdas, a par dos enormes estragos que gente desqualificada, indicada
irresponsavelmente pelo caudillo Hugo Chávez, acarretou para a maior empresa da
Venezuela.
Por mais que se propale da
incompetência e desonestidade de Maduro (atributo este em que o líder atual
chega a superar seu benfeitor), a louca filosofia de Chávez, distribuindo a
rodo os lucros do petróleo então hipervalorizado, está na raiz dos males e das consequentes
desgraças da Venezuela.
É bem verdade que Nicolás Maduro tampouco
deixe a desejar na respectiva grande capacidade de fazer o mal para o próprio
Povo e País...
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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