sexta-feira, 20 de abril de 2018

Venezuelano reconhece culpa na PDVSA


                        

        Cesar Rincón, de cincoenta anos, ex-diretor da estatal PDVSA, se declarou culpado  nos Estados Unidos de lavagem de dinheiro por meio de um sistema de propinas, conforme asseveraram ontem, dezenove de abril, autoridades estadunidenses.
         O venezuelano Rincón, em um tríbunal de Houston, reconheceu as acusações. Extraditado da Espanha, aonde se refugiara, para os Estados Unidos, em 2017, terá agora de pagar multa superior a US$ 7 milhões.

        Como se sabe, a estatal Petróleos de Venezuela era, antes da assunção de Hugo Chávez, a grande fonte de riqueza do país, dada a qualidade e a abundância do petróleo venezuelano.
         Ao politizar a direção da PDVSA, e de forma irresponsável, Chávez contribuiria para criar as condições do descalabro futuro, tanto da direção e organização dessa grande estatal do petróleo, quanto das próprias finanças de seu país. Com o seu herdeiro Nicolás Maduro, a situação se torna ainda pior, com a negligência na manutenção dos equipamentos, a forma irresponsável da respectiva gestão, tudo isso acrescido da respectiva ladroagem. 

          Por isso, personagens relativamente menores, como César Rincón, ajudam a entender como o país que detém os maiores recursos petrolíferos do planeta, a par da alta qualidade desse petróleo, chega ao ponto em que hoje se encontra, em que a PDVSA está vergada sob dívidas absurdas, a par dos enormes estragos que gente desqualificada, indicada irresponsavelmente pelo caudillo Hugo Chávez, acarretou para a maior empresa da Venezuela.
          Por mais que se propale da incompetência e desonestidade de Maduro (atributo este em que o líder atual chega a superar  seu benfeitor),  a louca filosofia de Chávez, distribuindo a rodo os lucros do petróleo então hipervalorizado,  está na raiz dos males e das consequentes desgraças  da Venezuela.
          É bem verdade que Nicolás Maduro tampouco deixe a desejar na respectiva grande capacidade de fazer o mal para o próprio Povo e País...


( Fonte:  O Estado de S. Paulo )
          

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