sexta-feira, 6 de abril de 2018

Refugiados contestam o ditador Maduro


                        

        Discursando nesta terça-feira, três de abril, Nicolás Maduro, dentro de sua rósea e falsa versão da triste realidade de seu país, tenta zombar dos muitos venezuelanos que deixam o país. Não teve o ditador pejo em afirmar que eles ao cabo lamentariam haver fugido, para, no fim, acabarem "lavando privadas em Miami".
         As respostas de conacionais não tardaram:  "Maduro não precisa lavar privadas no exterior, porque ele transformou a Venezuela em seu próprio banheiro", tuitou Chelo Díaz.
         O cinismo do ditador chavista omite que a Venezuela vive atualmente um êxodo em massa - mais de um milhão de pessoas abandonou  o país no último biênio, segundo a OIM (Organização internacional para a Migração). Tampouco há indícios de que esta fuga multitudinária venha a reduzir-se no futuro mediato. A maior parte dos refugiados se dirige para a mais próxima Colômbia, mas há também um número considerável - cerca de 400 mil - que vai para o estado de Roraima, no norte brasileiro, e que colinda com o extremo sul da Venezuela.
          Com o desgoverno chavista, a economia entra em colapso. Tal crise já se manifestava nos últimos anos do governo de Hugo Chávez, e só tem aumentado sob Maduro. A inflação deverá atingir treze mil por cento no fim deste ano.  A hiper-inflação é a mais alta do planeta (FMI). E por isso,  não é de hoje que as prateleiras dos supermercados estão vazias. Com o colapso do bolívar, não há condições para a importação, e por isso inexistem remédios tanto nas farmácias, quanto nos hospitais. Com isso, a infraestrutura médica e notadamente nos hospitais é praticamente inexistente (muitos militares recorrem a visitas urgentes, para fins médicos, a hospitais em Roraima, como matéria neste blog já assinalou).
             Em resposta ao baixo nível do discurso do ditador venezuelano,  os exilados voluntários (no caso, refugiados) afirmaram que é preferível lavar privada a permanecer na Venezuela: "O salário mínimo na Flórida - que é o que ganham esses que Maduro ironizou - é de US$ 1,400.00 mensais", disse no tuíter o técnico em petróleo  Francisco Monaldi. "Na Venezuela é menos de US$ 6.00. Maduro destroíu o país e agora debocha de quem dá duro para sobreviver."

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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