Discursando nesta
terça-feira, três de abril, Nicolás Maduro, dentro de sua rósea e falsa versão
da triste realidade de seu país, tenta zombar dos muitos venezuelanos que
deixam o país. Não teve o ditador pejo em afirmar que eles ao cabo lamentariam
haver fugido, para, no fim, acabarem "lavando
privadas em Miami".
As respostas de
conacionais não tardaram: "Maduro
não precisa lavar privadas no exterior, porque ele transformou a Venezuela em
seu próprio banheiro", tuitou Chelo Díaz.
O cinismo do ditador chavista omite
que a Venezuela vive atualmente um êxodo em massa - mais de um milhão de pessoas abandonou o país no último biênio, segundo a OIM (Organização internacional para a Migração).
Tampouco há indícios de que esta fuga multitudinária venha a reduzir-se no
futuro mediato. A maior parte dos refugiados se dirige para a mais próxima
Colômbia, mas há também um número considerável - cerca de 400 mil - que vai
para o estado de Roraima, no norte brasileiro, e que colinda com o extremo sul
da Venezuela.
Com o desgoverno
chavista, a economia entra em colapso. Tal crise já se manifestava nos últimos
anos do governo de Hugo Chávez, e só tem aumentado sob Maduro. A inflação
deverá atingir treze mil por cento no fim deste ano. A hiper-inflação é a mais alta do planeta
(FMI). E por isso, não é de hoje que as
prateleiras dos supermercados estão vazias. Com o colapso do bolívar, não há
condições para a importação, e por isso inexistem remédios tanto nas farmácias,
quanto nos hospitais. Com isso, a infraestrutura médica e notadamente nos hospitais
é praticamente inexistente (muitos militares recorrem a visitas urgentes, para
fins médicos, a hospitais em Roraima, como matéria neste blog já assinalou).
Em resposta ao baixo nível do
discurso do ditador venezuelano, os
exilados voluntários (no caso, refugiados) afirmaram que é preferível lavar privada a permanecer na Venezuela: "O
salário mínimo na Flórida - que é o que ganham esses que Maduro ironizou - é de
US$
1,400.00 mensais", disse no tuíter
o técnico em petróleo Francisco Monaldi.
"Na Venezuela é menos de US$ 6.00. Maduro destroíu o país e
agora debocha de quem dá duro para sobreviver."
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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