Dentro de um cenário de insegurança
institucional, Nicolás Maduro pretende elevar para um milhão o número de
cidadãos integrantes do corpo civil armado (milícia) atualmente com quatrocentos mil
integrantes.
Milícias não costumam ser adereço de democracias. Um estranho neofascismo
reponta nas declarações do 'Supremo Líder': "Chegamos a quase quatrocentos
mil homens e mulheres milicianos. Se queremos de verdade garantir a paz,
proponho que, em um ano, haja uma expansão de um milhão de homens e mulheres uniformizados e armados", disse
Maduro durante parada militar.
Por sua vez, a Oposição ao chavismo
pediu ontem aos países latino-americanos que aprovem no texto final da Cúpula
das Américas, que termina neste sábado catorze de abril, uma declaração rejeitando as eleições
presidenciais de 20 de maio (o processo foi convocado de forma ilegal).
Enquanto o ditador Maduro propõe chegar
a um milhão de milicianos (o modelo
das SS e das SA nazistas está aí para demonstrar o que tal gentalha significa para a
democracia), Negal Morales, porta-voz da Frente Ampla da Oposição, considerou
necessário colocar a Venezuela "no epicentro da cúpula".
A realidade da situação na Venezuela,
além da fome, do descalabro econômico (a mais alta híperinflação do planeta, um
milhão de venezuelanos deixou o país nos últimos dois anos, e há 379 presos políticos nos calabouços
daquele país. O MUD quer também apoio para processos judiciais contra o governo
Maduro em curso no Tribunal Penal Internacional e na OIT.
Pelo menos 20 chefes de Estado e de
governo, além de inúmeros vice-presidentes e chanceleres das Américas estão em Lima para discutir
"governabilidade democrática" e corrupção. No entanto, não será iniciativa de fácil
aceitação, essa de colocar a Venezuela no
epicentro da cúpula, se levarmos em conta que apesar da ausência de Nicolás
Maduro, o chavismo tem apoiadores
presentes na Cúpula das Américas , mormente
a Bolívia (Evo Morales),
Nicarágua ( facção sandinista), além
de outros catorze países do Caribe.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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