O blog fez esta pergunta a catorze de abril de
2018.
'Seu' Antonio, pai de Marielle, disse então:
"A gente precisa saber quem foi. Faz um mês, dá muita angústia e
preocupação. A família quer essa
resposta e a sociedade também."
A
resposta, por enquanto, é igual a outras. É o silêncio.
Falou-se muito do inquérito policial.
Freixo - ex-candidato a Prefeito - também vocalizou essa inquietação da
sociedade. Referiu-se mesmo aos papiloscopistas que já foram cedidos em
outras oportunidades às investigações da Polícia.
Ora, essa palavra não existe no dicionário Houaiss. Esperemos, no
entanto, que a circunstância de que tantas investigações fiquem sem resposta,
caindo na vala comum dos crimes sem solução, não venha a acontecer neste
megacídio.
Seria algo que a cidade não merece. Marielle, como vereadora, foi uma luz que
brilhou intensamente. Com grande força e poder de renovação, trazendo para a
tão vilipendiada Gaiola de Ouro tamanho entusiasmo e empenho.
Temos presente as multidões que o megacídio levantou.
Tanta gente indignada.
Se o esquecimento não será nunca memória, que não se permita que sobre
esse crime recaia o manto disforme da inação e dos espaços vazios que o vento
atravessa em vão, com sua mixórdia infame de gemidos e queixas, que pela negligência se misture à
memória dos crimes que sóem rolar nas
lufadas solitárias que a noite vá aos poucos engolindo.
(
Fonte: Drummond de Andrade )
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