O FBI que tanto ajudara, por
intermédio de James Comey, seu então chefe, a eleição de Donald Trump - e se
tranquilize o leitor, que não pretendo aditar uma só palavra acerca de tal ingerência
- agora invade o escritório de Michael Cohen, advogado pessoal do presidente, e
aí descobre comprovantes de pagamento, tanto à atriz pornô Stormy Daniels,
quanto a ex-modelo Karen McDougal.
Essas duas alegaram que tiveram relacionamentos com Trump, e por causa disso receberam
dinheiro para não revelarem os casos respectivos na campanha presidencial de
2016.
Os casos extraconjugais de Trump
custaram-lhe caro. McDougal recebeu US$ 150 mil da empresa dona da revista National Enquirer. Esse 'caso' de Trump
não transpirou para a imprensa. Assinale-se que David Pecker, diretor dessa
publicação, é amigo de Trump.
Por sua vez, o advogado pessoal de
Trump, Michael Cohen, providenciou o pagamento de US$ 130 mil a Stephanie
Clifford, aliás Stormy Daniels, como parte de "acordo de confidencialidade". É assim que lá se chama o 'tapa boca'.
O FBI investiga se Cohen terá usado dólares
não declarados da campanha para pagar Stormy Daniels. Como o chefe, o advogado Cohen está enrolado
em investigações várias para determinar se Cohen também utilizou dólares não
declarados da campanha para pagar o silêncio de Karen McDougal.
A par disso, nesse caso das 'modelos',
há panos para manga. O subprocurador-geral dos Estados Unidos, Rod Rosenstein,
nomeado por Trump para o cargo, não é que assinou o mandado de busca e
apreensão no escritório de Cohen? Aliás, Rosenstein é o superior imediato do
procurador especial Mr Robert Mueller III.
Além da fúria de Trump ir contra
Rosenstein - a quem nomeara - e também, para variar, contra Robert
Mueller, o problema tem inquietado muito
a bancada republicana no Senado. Para tanto, o senador Charles Grassley considera
que tal reação, se efetivada, seria equivalente a um "suicídio"
político.
Nesta terça-feira, a secretária
de imprensa da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders disse que o presidente "certamente
acredita ter poder para demitir o procurador especial Robert
Mueller", mas que ele não pensa em
tomar essa decisão "agora".
( Fonte: O Estado de S. Paulo )
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