sexta-feira, 13 de abril de 2018

Venezuela e Cúpula das Américas



                                  
   
        Afastado da Cúpula das Américas, por consenso da maioria, o presidente Nicolás Maduro não participará da Conferência, como era de resto já antecipado. É a Oposição venezuelana, através de seus principais líderes, que nos corredores do Centro de convenções que abriga a reunião, envidam esforços para que a Cúpula possa auxiliar de forma mais afirmativa  ao povo da terra de Bolívar.
         Dentre esses líderes, estão o ex-prefeito de Caracas, Antonio Ledezma e o deputado e ex-presidente do Parlamento, Julio Borges, que estão em Lima com vistas a redobrar a pressão para que os países da região apertem o cerco ao regime de Nicolás Maduro.
         Ledezma, que lograra fugir da Venezuela, depois de ficar quase três anos preso, uma parte deles na própria residência, se tem movimentado bastante nos corredores da Conferência.  Em novembro último, ele empreendera fuga de cerca de mil km, até conseguir atravessar a fronteira e, mais tarde, pôde refugiar-se em território europeu. 
        Por sua vez, Borges, apesar de Presidente da Assembleia Legislativa venezuelana, viu esvaziar-se o respectivo poder constitucional pela criação fraudulenta de "Constituinte dos bairros", pelo ditador Maduro.

       Para Ledezma, a situação de Maduro  poderia ser comparada a líderes como Saddam Hussein e Muamar Kadafi, antes de serem derrubados. Por ora, no entanto, apesar da agressividade verbal da oposição, não há nada que ameace diretamente Maduro, ao invés das situações de Saddam (detido pelos Estados Unidos e depois sentenciado à morte) e Kadafi, que caíu por levante líbico interno, e abandonado à própria sorte, foi justiciado por guerrilheiros.

          Há expectativas de que o governo brasileiro dê maior apoio a politica mais determinada com relação à resistência venezuelana contra Maduro e sua clique. Nesse contexto, tem sido bastante elogiado o empenho demonstrado pelo Brasil em abrir as fronteiras  para os refugiados da catástrofe humanitária que hoje configura a situação da Venezuela sob Maduro.


( Fontes: O Globo e Folha de S. Paulo )

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