Afastado
da Cúpula das Américas, por consenso da maioria, o presidente Nicolás Maduro
não participará da Conferência, como era de resto já antecipado. É a Oposição
venezuelana, através de seus principais líderes, que nos corredores do Centro
de convenções que abriga a reunião, envidam esforços para que a Cúpula possa
auxiliar de forma mais afirmativa ao
povo da terra de Bolívar.
Dentre esses líderes, estão o
ex-prefeito de Caracas, Antonio Ledezma
e o deputado e ex-presidente do Parlamento, Julio Borges, que estão em Lima com vistas a redobrar a pressão para
que os países da região apertem o cerco ao regime de Nicolás Maduro.
Ledezma, que lograra fugir da
Venezuela, depois de ficar quase três anos preso, uma parte deles na própria
residência, se tem movimentado bastante nos corredores da Conferência. Em novembro último, ele empreendera fuga de cerca de mil km, até conseguir atravessar a fronteira e, mais tarde, pôde refugiar-se
em território europeu.
Por sua vez, Borges, apesar de
Presidente da Assembleia Legislativa venezuelana, viu esvaziar-se o respectivo
poder constitucional pela criação fraudulenta de "Constituinte dos bairros",
pelo ditador Maduro.
Para Ledezma, a situação de Maduro poderia ser comparada a líderes como Saddam
Hussein e Muamar Kadafi, antes de serem derrubados. Por ora, no entanto, apesar
da agressividade verbal da oposição, não há nada que ameace diretamente Maduro,
ao invés das situações de Saddam (detido pelos Estados Unidos e depois
sentenciado à morte) e Kadafi, que caíu por levante líbico interno, e abandonado à
própria sorte, foi justiciado por guerrilheiros.
Há expectativas de que o governo
brasileiro dê maior apoio a politica mais determinada com relação à resistência
venezuelana contra Maduro e sua clique. Nesse contexto, tem sido bastante
elogiado o empenho demonstrado pelo Brasil em abrir as fronteiras para os refugiados da catástrofe humanitária
que hoje configura a situação da Venezuela sob Maduro.
(
Fontes: O Globo e Folha de S. Paulo )
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