O Estado de S. Paulo publica hoje o seu principal editorial sob o título
"Inépcia". É realmente difícil
de aceitar a morosidade do Supremo. Para
que se tenha ideia da incidência desse problema, me permito transcrever, desse
editorial, os parágrafos inicial e final, que dá boa ideia do problema:
"Nove anos, 10 meses e 21 dias
depois de receber as alegações finais da defesa do réu, o ministro Celso de
Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, mandou extinguir processo contra o
deputado Flaviano Melo (MDB-AC). Trata-se de um caso exemplar da inaceitável demora da mais alta
Corte do País em julgar os casos que envolvem
autoridades com foro privilegiado.(...)
" Na sexta-feira treze, o
ministro Celso de Mello finalmente tomou uma decisão; mandou arquivar a ação.
(...) Questionado pelo repórter do Estado sobre o motivo para tamanha demora
para chegar a essa conclusão, o ministro mandou ler as 30 páginas do documento.
Em nenhuma delas no entanto há qualquer explicação para a delonga."
(Na verdade)"o breve despacho
do ministro Celso de Mello conclui que a denúncia contra o deputado Flaviano Melo era
simplesmente inepta". (...)
"Não se trata, infelizmente de
caso isolado de morosidade. O Supremo tornou-se um necrotério de processos que
envolvem autoridades acusadas de corrupção. E isso não deveria ser trivial. Justiça
que tarda, seja para condenar ou absolver, solapa a confiança dos cidadãos nas
instituições e na democracia."
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário