Desde começos de abril, que hoje
finda, se sucedem as manifestações da
revolta palestina diante das condições existenciais prevalentes na Faixa de
Gaza.
Ontem, 29 de abril, mais três
palestinos morrem em confrontos com soldados israelenses.
Como o blog tem noticiado, desde o início deste
mês de abril, continuam os protestos de palestinos ao longo da fronteira para
exigir o direito de retorno de refugiados.
No domingo, dia 29 de abril, conforme
fontes israelenses, dois manifestantes palestinos tentaram adentrar o lado israelense. Incontinenti,
os soldados dispararam (tal exército não faz tiros de advertência - sejam militares, sejam snipers, eles atiram para matar). Em consequência, mais um
palestino morre e o outro, é preso para ser interrogado.
Mais tarde, no mesmo dia, mais dois palestinos
tentam cruzar a fronteira e lançam explosivos. Dentro da "política" israelense, os
dois incontinenti são abatidos e
mortos.
Não surpreende, por
conseguinte, que tal 'política' israelense de receber invasores (em geral
desarmados) da fronteira a bala, não surpreende decerto, embora a revolta palestina
seja mais do que compreensível. Em consequência, desde o início dessa série de
protestos, quarenta e dois palestinos foram mortos e cerca de dois mil, feridos
pelos disparos (feitos por snipers ou
soldados de infantaria).
Tampouco
surpreende que as autoridades palestinas acusem Israel de usar força
despropor-cional para lidar com as manifestações e ataques à cerca de arame
farpado colocada por Israel na fronteira com a Faixa de Gaza. Como vem sendo
descrito pela coluna, a regra é o tiro de fuzil, as mais das vezes visando a
região letal. Nesse aspecto, os ataques
dos snipers - verdadeiros bandidos - visam repórteres com vestes e outros
petrechos dessa atividade pacífica, que para o assassino sniper é motivo bastante em atirar para matar. Surpreende, nesse
ponto, que essa postura bélica criminosa do governo Netanyahu não haja fundamentado as mais do que cabíveis reclamações e ações penais junto ao Tribunal da Haia.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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