Depois da grande expectativa, a sessão
no Supremo Tribunal Federal não apresentou modificações no seu desenvolvimento.
A incógnita Rosa Weber - que demonstrou grande conhecimento e deu
voto técnico e extremamente bem fundado - rejeitou o habeas corpus e, embora estivesse contra a prisão de condenados em
segunda instância, ela ontem
defendeu a tese de que o próprio voto deveria seguir o entendimento consolidado no Supremo desde 2016. Como é
amplamente conhecido, naquele ano de 2016 a Corte havia decidido que, depois de sentença de tribunal de
segunda instância - no caso, o TRF 4º - a execução da pena já poderia ocorrer.
No momento do voto da Presidente do Supremo, Cármen Lúcia, o advogado Roberto Batochio, um dos defensores de Lula, lhe fez um apelo
formal, pedindo à Presidente que não votasse, de acordo com o regimento do STF.
A votação estava empatada, o que beneficiaria o réu. Embora pelas mudanças
regimentais o presidente vote em qualquer matéria, ela submeteu a decisão ao
plenário. Todos os ministros, com exceção de Gilmar Mendes, que estava
ausente, rejeitaram o pedido da defesa
de Lula.
Terminado o julgamento no STF, Lula
ainda dispõe de um último recurso no TRF-4, chamado de embargo do embargo. A defesa do ex-Presidente tem até a próxima terça-feira, dia dez de abril,
para recorrer, mas tal tipo de medida é raramente aceito.
Antes disso, entretanto, o Juiz Sergio Moro pode decretar a
prisão.
O ex-presidente Lula ficou em São
Paulo, para acompanhar o julgamento. Durante o dia da sessão Lula não se
manifestou. Houve comemorações dos
opositores e a desolação da militância petista.
(
Fonte: O Globo
)
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