Em ação judicial que pode tornar-se
marco na História americana, o Comitê Nacional Democrata (DNC), entra com
queixa-crime, e de 66 páginas, contra o Presidente Donald Trump, seu filho,
Donald Trump Jr., seu genro, Jared Kushner, a Federação Russa e o WikiLeaks, de Julian Assange. Processada
sobre estrito sigilo, o DNC expõe na Justiça americana, através de Tribunal
Federal em New York, a ação da mega-conspiração patrocinada pelo Kremlin e a campanha de Donald Trump
para criarem condições com o escopo de levar o candidato republicano, Donald J.
Trump a vencer a eleição de 2016 contra a candidata democrata Hillary
Clinton.
Nessa ação - de que haverá por certo
ecos na queixa-crime ora tratada pelo Procurador Robert Mueller III contra
Donald J.Trump - se alega, com larga fundamentação de dados, que o grupo acima
citado conspirou para levar o candidato Donald Trump a vencer a campanha
presidencial de 2016. Tal ação criminosa realizou-se por meio da invasão de
computadores do Partido Democrata, assim como o furto de dezenas de milhares de
e-mails e documentos pertinentes.
Por vez primeira, os serviços secretos
americanos procederam a levantamento abrangente da ação ilegal e criminosa do governo de Vladimir V. Putin, que contou
com o apoio do FSB (antiga KGB), serviço secreto russo, assim como de seu
aliado ideológico Julian Assange, atualmente asilado na chancelaria da Missão do
Equador junto à Corte de St. James (governo britânico).
A par da invasão dos computadores do DNC, e do furto de dezenas de milhares
de e-mails e documentos do
Departamento Nacional Democrata - nesse particular, através da liberação para o
espaço cibernético pelo Wiki-Leaks,
na sua tentativa criminosa de criar
dificuldades para o principal alvo - que é o Governo americano - desse estranho
ator-exilado na acanhada chancelaria da embaixada do Equador em Londres, enquanto ressonava a
Administração Obama, essa disparatada aliança - que apoiava candidato sustentado
por forças não tão-ocultas - lograva, malgrado a enorme diferença de meios
entre a Superpotência e aquela mixórdia de agentes que batalhavam pelo dito
campeão do Kremlin - exercer
influência que somente agora se logrará dimensionar em todos os seus
desastrosos efeitos para a candidata que, por suas grandes qualidades, colhera
a ferrenha e persistente inimizade do principal apoiador estrangeiro do
candidato republicano, v.g. gospodin
Vladimir V. Putin.
Mas muito terá ainda que
aprofundar-se nessa primeira eleição em que o poder midiático, através do Face-book
e de todos os estranhos personagens que um país ainda relativamente atrasado
com relação aos Estados Unidos - que, de certo modo, dormiam no letargo
induzido pelo final da presidência de Barack Obama, e a sua estranhíssima,
calamitosa mesmo inação em tudo - ou quase tudo - que referir-se possa em ações
na defesa da grande, enorme mesmo auxiliar direta sua, na sua longa direção do Department of State, vácuo esse que a sólida mediocridade de seus
sucessores republicanos não tardaria em desvendar para o grande público
estadunidense.
Há muitas coisas envolvidas neste
já affaire-célèbre que somente a
investigação minudente do procurador especial Robert Muller poderá desvendar no monumental cochilo da Casa Branca
de Barack Obama, nessa portentosa,
por enquanto meio-oculta nas vagas dimensões da atoarda que, com o inelutável
passar do tempo, tenderá a crescer e a desenhar-se
nas fortes, incômodas, percucientes mesmo, linhas da verdade, que esta oportuna
ação junto ao Tribunal Federal de New York tratará de riscar com traços, a um
tempo seguros e afirmativos, de redescoberta realidade para que afinal se saiba
como foi possível que a grande candidata democrata tenha sido derrotada por
incrível conluio de forças, que acabou
por gerar aquele candidato que se tem provado, no crivo impiedoso do dia-a-dia,
como um dos piores presidentes dos Estados Unidos da América, alguém que avança
para o futuro com os passos presunçosos, embora incertos, de um novo Buchanan.
( Fontes: O Estado de S.
Paulo, The New Yorker, The New York Times )
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