Há considerável desconforto na
Polícia Federal, assim como junto aos residentes na área próxima à localização
da prisão de Lula.
Pensando criar-lhe condições de maior
conforto, a sua localização junto com a respectiva popularidade, está
provocando muito transtorno aos residentes em áreas vizinhas ao lugar de
custódia do detento Luiz Inácio Lula da Silva.
No artigo do Estado de S. Paulo, há
gente que estaria lucrando com o arranchamento de tantos admiradores do
ex-presidente em área próxima ao prédio da P.F.
Pela falta de condições de acamparem
sem grande transtorno tanto próprio, quando dos terrenos próximos, haverá uma
prova de resistência para os arranchados. Além disso, para os residentes do
entorno, surgem transtornos de todo o gênero, até mesmo para um eleitor
aposentado de Lula e Dilma: "minha vida virou de pernas pro ar.Nossa
liberdade de ir e vir está comprometida. Nem o carteiro consegue chegar mais
aqui. Tenho que andar com comprovante de
residência e não posso mais chamar convidados."
Os admiradores de Lula se servem de
estrutura de funcionamento que é a mesma
dos acampamentos recém-criados dos Trabalhadores rurais sem terra (MST).
Há organização rigorosa, com divisão de trabalho, provisões de alimentação e
água, estrutura provisória de moradia (barracas de lona improvisadas e de
camping).
No entanto, os problemas de higiene
aumentam porque ao invés de ocupar área rural
verde ou de pastagem, tal estrutura está montada em pleno bairro residencial,
de ruas asfaltadas, calçadas de grama e ladeiras íngremes. Segundo declara a
professora Vanda Santana, integrante da executiva do PT-PR e uma das
coordenadoras do acampamento: " Eu
sei que não é confortável abrir a porta de casa e ver isso. Mas estamos fazendo
tudo com muita disciplina e respeito. Enquanto Lula estiver aqui, ficaremos.
Esse é o nosso local de resistência".
Outra consequência da transposição
de Lula para a P.F. de Curitiba, e o cerco ao prédio, levou o Sindicato dos
Delegados da P.F. do Paraná a pedir a remoção de Lula da unidade, alegando prejuízo aos serviços
oferecidos à população e pelos riscos de segurança causados aos moradores e aos
policiais.
O transtorno experimentado pelos
delegados foi descrito pelo presidente do Sindicato, delegado Algacir
Mikalowski: "Pessoas filiadas ao nosso sindicato trouxeram essa
dificuldade. Ou seja, estão até sendo intimidadas ao saírem de suas casas. As
ruas estão com problemas de acesso, de saúde pública. Essa região da sede da P.F. não tem a mínima
condição de receber esse condenado".
O aludido pedido foi apresentado ao
superintendente regional da PF em Curitiba, delegado Maurício Valeixo. Em nota,
a direção da PF informou que Lula está recebendo o mesmo tratamento aplicado aos
"demais custodiados" no prédio.
O ex-presidente vai receber hoje a
visita dos filhos, por primeira vez, desde a sua internação em cela, no último
andar da sede da Polícia Federal.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário