Como a rixa parece
estar no sangue de Donald Trump e a
própria Administração - a par de sua queda por personagens ambíguos - creio que
seria do interesse do leitor informar-se mais acerca de quem o New York Times considera seja o Crítico em Chefe do flamante governo Trump.
Primo,
convém informarmo-nos com maior precisão de quem, neste capítulo, iniciou as
hostilidades.
Trump estava em meio à fase das primárias,
quando declarou em público - sem nenhum motivo aparente para tal tomada de posição
- que o Senador John McCain não era nenhum herói de guerra.
Esta assertiva surpreendeu a muitos -
na verdade, a quase todos - pela
gratuidade. Até aquele momento, não se ouvira qualquer contestação ao exemplo
dado por McCain no cativeiro, caido em dura prisão de mais de cinco anos pelo
Viet-Nam, a que não faltou a tortura.
Secondo, Trump mostraria na oportunidade
singular falta de bom senso. Em termos de inimigo ou desafeto, a máxima é que
devem ser escolhidos com cuidado, para que depois não se vá lamentar pelas consequências...
Naquela época, a personalidade do
presidente americano não era tão conhecida quanto o é hoje, máxime na sua
facilidade em criar casos e problemas pessoais.
São muitas
as ocasiões em que há comentários
ásperos do Senador McCain sobre iniciativas do Presidente, como os decretos
executivos posteriormente derrubados pela Justiça. Também sugeriu a formação de Comitê do Senado
para investigar as atividades do Kremlin, em termos de hackers. Tampouco perdeu a oportunidade de malhar Trump quando este pôs no mesmo plano as ações da
Rússia com as dos Estados Unidos.
Para
McCain a suposta equivalência moral entre USA e Rússia, está em contradição
contra tudo que os Estados Unidos têm defendido nos séculos XX e XXI.
Como em
toda quizília, a animosidade tende a crescer.
Partidários de Trump no Partido Republicano (e eventuais inimigos de
McCain) não perdem a ocasião de baixarias. Assim, o Senador Rand
Paul, (Rep./Kentucky) criticou a
"briga pessoal" de McCain com
o presidente e acrescentou: "Devo dizer que John McCain tem errado em
praticamente tudo nessas últimas quatro décadas. Temos muita sorte em que ele
não seja quem manda, porque senão estaríamos em guerra perpétua."
John
McCain é um senador respeitado, mas ao atacar o presidente de maneira constante
dá margem a que outros busquem fazer média com Trump, como no caso de Rand
Paul, cujo status na bancada do GOP
não é comparável ao de McCain.
( Fonte: The New York Times )
Nenhum comentário:
Postar um comentário