quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

A Luz Barata de Dilma

                                 

          Talvez o maior erro de seu governo foi o lance demagógico da redução de 20% nas contas de luz, determinada por Dilma Rousseff, já no seu segundo mandato.
           Os efeitos dessa intervenção no setor elétrico já tinha tido a queda anulada por aumentos que ultrapassaram 50% em 2015.
           Mas esse lance demagógico e incompetente veio criar mais um  esqueleto no setor elétrico.  Como sempre, a conta bate no bolso do consumidor. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou em R$ 62,2 bilhões o valor das indenizações às transmissoras de energia.

            Como sói acontecer, quem vai pagar a conta, somos nós.  Essa fatura, infelizmente saída do cérebro não de Zeus, mas da Rousseff, terá um efeito médio de alça nas tarifas de 7,17% no corrente ano. 
             Mas o valor do reajuste que será efetivamente pago pelo consumidor também depende de outras variáveis, que incidem na conta de luz - v.g., subsídios, custo de geração da energia de Itaipu, comportamento do dólar, entre outros - e é definido de acordo com cada distribuidora.  Assim, no caso do Rio de Janeiro, a previsão é que a tarifa residencial suba 8,55% já em março, percentual que já engloba o efeito das indenizações.

             Desde que o governo petista de Dilma decidiu interferir no setor elétrico, a conta de luz vive uma montanha russa. Assim, em 2013,  a energia teve queda de 15,66%, alívio no entanto que logo sumiu, tendo sido "compensado" por incremento de 17,06% , em 2014, e de 51% em 2015. Em 2016, houve queda de 10,66%.  Para 2017, os especialistas previam nova queda de preço. 
                Nesses termos, o efeito da indenização às transmissoras será o de restringir o benefício que chegaria ao consumidor.
               Em termos de pagamento, o das geradoras de energia ocorreu em seguida, com recursos disponíveis  em fundos públicos.
              Já o pagamento das transmissoras  de energia, que fora prometido na época, arrastou-se  até o corrente ano.  Assim, somente o efeito financeiro desse enorme atraso  aumentou a conta em mais R$ 35 bilhões, segundo a própria Aneel. 
              Por isso, como relatou Reive de Barros, diretor da Aneel - e relator do processo "o fato de não ter sido pago naquela época imputou hoje valor considerável para o consumidor, que não teve gestão na decisão de pagar ou não."
             

( Fonte:  O Globo )

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