Com um governo fraco, que mais pensa
em fazer o que julga ser o respectivo dever de casa, do que em criar frentes de
trabalho para gente que passa fome, eis que,
segundo noticia O Globo, a
taxa de desemprego chega a 11,5% em 2016.
A má notícia traz o número récorde de
12,3
milhões de brasileiros que estão na rua em busca de trabalho.
Nos dois anos desta forte recessão -
aliás é só recessão por enquanto? - o total do número de desempregados no país
aumentou em cinco milhões.
Não há, portanto, a menor dúvida
de que o principal problema da economia
brasileira é o desemprego. A má condução da política econômica levou à
grave crise que produziu o desemprego.
Como assinala Míriam Leitão - e
nisso está chovendo no molhado, eis que é uma circunstância que já virou
premissa, por não mais ser cabível discuti-la - foi o governo petista de Dilma
Rousseff que jogou o emprego em queda livre, pela péssima, desastrosa condução
da política econômica.
Tampouco o governo Michel Temer tem
sabido dar uma resposta efetiva. Será que na mediocridade que o caracteriza,
terá ele considerado a viabilidade dessa resposta?
Pois nesses dois últimos anos -
como frisa a analista econômica de O
Globo - o Brasil passou pelo maior destruição econômica da história recente. Apenas em 2016,
foram 3,3 milhões de desempregados a
mais. Se formos recuar até a eleição presidencial - com a vitória de
Dilma acicatada por uma plataforma de mentiras, são 5,78 milhões.
Diante da inação governamental, a
taxa passou de 6,8% no final de 2014,
para 12% em dezembro de 2016.
Há vários sinais de deterioração no emprego, na renda e no trabalho de
qualidade. De acordo com o IBGE, houve
brutal redução de pessoas com carteira assinada (menos 2,3 milhões de trabalhadores) !
Há muito desemprego por desalento.
As pessoas - compreensivelmente - cansam de procurar emprego, pelo número de
recusas que recebem.
Por enquanto, paradoxalmente, a
população ocupada aumentará em 1,2 milhão ao longo do ano, mas a queda no
desemprego será pífia - de 12,3 milhões para 11,9 milhões, uma baixa de
apenas 400 mil.
Como há de ressurgir a confiança no
trabalhador, se tampouco as empresas são afirmativas na busca de novos
empregados? Diante de um governo morno
que, por sua lentidão e falta de capacidade de motivar na população crença e fé, que não parece capaz de sentir, como
logrará transmitir essa confiança e esse ímpeto que ele próprio não tem?
Não há aquela faísca que põe em
movimento os engenhos do otimismo, nem se vislumbra a seu redor capacidade de confiança que sacuda
trabalhadores e sociedade.Não se encontram
ímpeto e o denodo que são típicos dos períodos de renovação
geral na fé de um retorno da economia aos dias em que afinal se possa vislumbrar no
horizonte a imagem do pleno emprego.
( Fonte: coluna de Miriam Leitão em O Globo )
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