quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

O desemprego no Brasil

                             
         Com um governo fraco, que mais pensa em fazer o que julga ser o respectivo dever de casa, do que em criar frentes de trabalho para gente que passa fome, eis que,  segundo noticia O Globo, a taxa de desemprego chega a 11,5% em 2016.
          A má notícia traz o número récorde de 12,3 milhões de brasileiros que estão na rua em busca de trabalho.

          Nos dois anos desta forte recessão - aliás é só recessão por enquanto? - o total do número de desempregados no país aumentou em cinco milhões.
           Não há, portanto, a menor dúvida de  que o principal problema da economia brasileira  é o desemprego.  A má condução da política econômica levou à grave crise que produziu o desemprego.
           Como assinala Míriam Leitão - e nisso está chovendo no molhado, eis que é uma circunstância que já virou premissa, por não mais ser cabível discuti-la - foi o governo petista de Dilma Rousseff que jogou o emprego em queda livre, pela péssima, desastrosa condução da política econômica.

            Tampouco o governo Michel Temer tem sabido dar uma resposta efetiva. Será que na mediocridade que o caracteriza, terá ele considerado a viabilidade dessa resposta?
             Pois nesses dois últimos anos - como frisa a analista econômica de O Globo -  o Brasil passou  pelo maior destruição econômica da história recente. Apenas em 2016, foram  3,3 milhões de desempregados a mais. Se formos recuar até a eleição presidencial - com a vitória de Dilma acicatada por uma plataforma de mentiras, são 5,78 milhões.

             Diante da inação governamental, a taxa passou  de 6,8% no final de 2014, para 12%  em dezembro  de 2016.  Há vários sinais de deterioração no emprego, na renda e no trabalho de qualidade.  De acordo com o IBGE, houve brutal redução de pessoas com carteira assinada (menos 2,3 milhões de trabalhadores) !
             Há muito desemprego por desalento. As pessoas - compreensivelmente - cansam de procurar emprego, pelo número de recusas que recebem.
              Por enquanto, paradoxalmente, a população ocupada aumentará em 1,2 milhão ao longo do ano, mas a queda no desemprego será pífia - de 12,3 milhões para 11,9 milhões, uma baixa de apenas  400 mil.

              Como há de ressurgir a confiança no trabalhador, se tampouco as empresas são afirmativas na busca de novos empregados?  Diante de um governo morno que, por sua lentidão e falta de capacidade de motivar na população crença e  fé, que não parece capaz de sentir, como logrará transmitir essa confiança e esse ímpeto que ele próprio não tem?
             Não há aquela faísca que põe em movimento os engenhos do otimismo,  nem se  vislumbra a seu redor capacidade de confiança  que sacuda trabalhadores e sociedade.Não se encontram     ímpeto e o denodo  que são típicos dos períodos de renovação geral na fé de um retorno da economia aos dias em que afinal se possa  vislumbrar no horizonte a imagem do pleno emprego.


( Fonte: coluna de Miriam Leitão em O Globo )

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