Vladimir V. Putin, nos relembra o New York Times, está no poder desde o
século passado, a princípio como Primeiro Ministro sob Boris Ieltsin, em
seguida como presidente. Cedeu na aparência o poder a seu lugar-tenente Dmitriy
Medvedev, que ocupou a presidência, enquanto Putin passou a Primeiro
Ministro. Mais tarde, transcorrido o prazo, ele voltou à presidência, e, para
2018, já prepara a sua candidatura à reeleição.
O principal
adversário de Putin, em princípio, deverá ser Aleksei Navalny. Carismático, corajoso e bom orador, gospodin Putin deve vê-lo como ameaça,
eis que um juiz russo condenou Aleksei Navalny, em Kirov, a cerca de novecentos
km de Moscou. Essa questão - ou processo bastante similar - já tinha sido
derrubado pela Corte Européia de Direitos Humanos.
Dada a determinação de corte russa
de repetir o procedimento, não há de surpreender que a sentença cominada contra
Navalny seja de cinco anos - tem caráter
suspensivo - foi multado em quinhentos mil rublos (US$ 8,400.00), por ter-se
alegadamente apropriado indevidamente de
cerca quinhentos mil dólares de madeira de uma companhia estatal.
Tanto Navalny, quanto os seus
partidários, consideram a acusação risível, sem qualquer base na verdade, e motivada
politicamente. No Twitter, ele
escreveu: "Putin e sua gang de
ladrões têm medo de nos enfrentar em eleição. Estão certos: nós vamos
ganhar."
É difícil determinar como isto irá
acabar. Navalny é bom orador e corajoso. Se nada lhe acontecer no caminho do Kremlin, ele pode tornar o embate
interessante. No entanto, a Federação Russa não é exatamente uma democracia, e
o poder de Vladimir Putin só tem feito crescer nos últimos anos. São muitas as
suas possibilidades de tornar a peleja ainda mais difícil para o adversário,
por mais carismático que este seja.
A própria Hillary Clinton
reconheceu isso, ao colocá-lo entre os causadores de seu tropeço eleitoral
(nunca esquecendo, é claro, de Mr James Comey, do FBI, cuja atuação nada teve a
ver com a dos serviços de gospodin
Putin).
( Fontes: The New York Times; Putin's Kleptocracy, de Karen Dawisha )
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