Dona Marisa,a quem conheci como Primeira Dama, era
pessoa simpática, discreta, sempre com um sorriso nos lábios nas recepções a
que comparecia ao lado do marido, o então Presidente Luíz Inácio Lula da Silva.
Ao contrário de tantas outras, se mantinha sempre a discrição e a postura,
acompanhando o marido, costumava tratar bem as pessoas, e apesar de não
perder a postura, não as afastava seja por arrogância, ou retraímento.
Não será
difícil presumir a dificuldade para ela ao ver marido e filhos envolvidos nas
investigações da Lava-Jato. O
desencanto com a política a tornara partidária da retirada de Lula da política
ativa. Não é difícil imaginar-lhe as preocupações com os problemas judiciários
da família. O seu natural discreto, no entanto, a impedia de manifestar-se
publicamente contra a continuação de Lula na vida política.
Vítima de
acidente vascular cerebral (AVC), com
a ruptura de um aneurisma, só não morreu no primeiro dia por ter sido prontamente
atendida, de início em hospital do bairro em que a família mora em São Paulo.
Transferida para o Hospital Sírio-Libanês, teve a atenção dos grandes médicos
especialistas que nele atuam.
As
esperanças de que sobrevivesse sempre foram reduzidas, dada a gravidade do AVC hemorrágico que padecera. Sem
embargo, o seu estado no fim do oitavo dia piorou.
No meio
da noite, o quadro foi considerado irreversível pelo cardiologista Roberto
Kalil, do Sírio Libanês. Já o sangue não irrigava o cérebro, e a
paciente respirava por meio de aparelhos, Então o marido Lula autorizou a
reserva de órgãos para transplante.
No dia de
hoje, o ex-Presidente Lula recebeu visita de pêsames no Sírio-Libanês por seu
antecessor na Presidência, Fernando Henrique Cardoso.
( Fonte: artigo de Ricardo Noblat, em O Globo virtual )
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