Lula, Dilma e o PT pensam que o conselho do ministro
da propaganda de Hitler, o soturno Dr
Joseph Goebbels - diga uma mentira
cem vezes e ela se tornará verdade - seja para valer.
Com a vasta maioria da Câmara que
decretou o impeachment, que reflete
o sentir da Nação - já de resto escrito nas letras garrafais das concentrações da
multitudinária manifestação de todos esses Brasis, no domingo, treze de março
de 2016 - seria necessária dose cavalar de má-fé, ou grave caso de
esquizofrenia, para atrever-se a carimbar de golpe a aprovação do impeachment pela Câmara.
No entanto, essa é a técnica preferida pelos
movimentos totalitários, quer os de direita, quer os de esquerda. As
interceptações telefônicas determinadas pelo Juiz Sérgio Moro já haviam escancarado para a sociedade brasileira
quais eram as pretensões de Lula, assim como os seus juízos deformados da
realidade circundante.
Desde então, ele, a sua fiel
Presidenta, e os movimentos que controla (e que não pouco temem a possibilidade
crescente de que se feche a mágica torneirinha de recursos públicos que
alimentam os protestos e as estripulias dessa sopa de letras dos slogans e das
lorotas) batem na mesma tecla com a fúria de os que pensam que serão deserdados.
Embora eles não saibam - coitados,
sofrem de pronunciada azia se se metem a ler - a mentira e a calúnia (que é a
sua versão mais arrogante e perigosa), desde muito que tem o seu uso e abuso
recomendados pelos clássicos. Mas alguns rudimentos eles têm - como o
torneiro-mecânico - e tampouco ignoram o que propõem esses agentes
provocadores, que pululam nos movimentos da ultra-esquerda e aqueles chamados
de extra-parlamentares, pelas suas feições mais grosseiras e métodos mais
violentos, em que não há respeito à verdade, sendo dada preferência às
tentativas de desmoralização do adversário - que passa a ser a vítima da vez,
como inimigo das verdades propugnadas por esses grupelhos, que costumam
substituir a eloquência da verdade pela prepotência da aleivosia.
A timidez deve ser barrada desse
espetáculo, pois ela não tem vez, se confrontada com a má-fé, a desonestidade
intelectual e a agressividade desses grupelhos.
Os donos da verdade e os que agem
de boa fé não podem dormir sobre os louros da própria doutrina e da respectiva
implementação. Se a assertiva de um amigo meu - não há nada de seguro no subdesenvolvimento - terá confundido um incauto delegado
estrangeiro, a lição que esta suposta máxima traz é da necessidade de velar e
zelar pelas verdades estabelecidas. Não se pode dormir sob os louros de que tal
realidade será respeitada, pelo simples fato de que, em condições legais e
justas, ela tenha prevalecido.
Não basta que a Câmara dos
Deputados, em ambiente livre e isento de interferências, haja aprovado o impeachment de Dilma Rousseff, com base na petição assinada pelo Dr
Hélio Bicudo, Prof. Miguel Reale e Dra. Janaína Paschoal, por 367 votos a favor
e 137 contrários, com sete abstenções e duas ausências.
Sem qualquer coação, em ambiente
livre, os deputados expressaram à sua vez os sufrágios respectivos.
Dizer que o impeachment foi golpe
pode acariciar o ego da perdedora, mas não retira um iota sequer da sentença livremente
pronunciada pela Câmara.
Que as chamadas pedaladas fiscais constituem crime de
responsabilidade, como o estabelece a Lei da Responsabilidade Fiscal, não há de
desaparecer, nem afetar-lhe o peso como o demonstraram os signatários da
demanda, assim como a unanimidade do Tribunal de Contas da União, em base de
cuja sentença se fundaram os signatários da carta à Câmara dos Deputados.
Pois foi esta incômoda, mas inelutável
e concreta realidade, que foi artificiosamente carimbada de golpe, de início pelo líder de todo o
movimento , Luiz Inácio Lula da Silva, em seguida por sua inepta discípula,
a que se intitula, faz chamar-se (e força a tanto os seus subordinados) Presidenta.
Tolerou-se que o Prêmio Nobel
da Paz de 1980, o argentino Adolfo Pérez Esquivel discursasse da tribuna do
Senado e de lá de forma sinuosa mas decerto inequívoca se referiu à dificuldade
que Dilma sofrera com o inesperado
golpe. O petista Paulo Paím, Senador pelo Rio Grande do Sul, lhe concedera a palavra
e Pérez Esquivel dela se valeu para tentar achincalhar a iniciativa do
impeachment. Posteriormente, terá pedido desculpas.
Já na véspera outro
argentino, conforme referido nesta coluna, Jorge Taiana, o atual presidente do
Parlasul - o parlamento do Mercosul - inserira comunicado contra o impeachment
de Dilma, a propósito de reunião em Montevidéu.
Houve protesto da delegação brasileira, integrada por
congressistas, diante dessa intervenção abusiva em relação a um ato legal do
Congresso brasileiro, que se tenta achincalhar como se fora medida ilegal e
golpista.
A consciência da constitucionalidade
e respectiva justiça da votação pelo Congresso brasileiro, através de sua
Câmara de Deputados, do impeachment da Presidente Dilma Rousseff não deve
ensejar atitude de plácida aceitação de juízos negativos e difamatórios do
processo constitucional que culminou a dezessete de abril corrente.
Agir dessa forma é pactuar
com a inverdade, tanto no que tange às garantias concedidas à ré, quanto com
relação à atmosfera de liberdade que presidiu à integralidade do processo.
( Fontes: O Globo, Beaumarchais )